Lance Notícias | 26/02/2022 11:06

26/02/2022 11:06

71781 visualizações

Diário da Pandemia – 709º dia:

E chegou mais um fim de semana! Com ele, o Carnaval, a festa da folia. Acredito que, como o Coronavírus ainda está “imperando”, poucas serão as comemorações momescas pelo Brasil. Eu, por minha vez, pretendo passar “quieto”, fazendo algumas reflexões importantes neste período. Aliás, nunca fui um folião nato (raros foram os bailes de Carnaval dos quais participei). Além disso, meu quadril em tratamento não permite que eu “pule” nada, que dirá participar dessa festa…

Os conflitos humanos cobram refletir sobre a vida e seus acontecimentos. Assim, nos últimos dias, tenho pensado um pouco de como será quando eu morrer. E, nesse aspecto, decidi, então, que “façam uma grande festa quando eu partir!”.

Não, não estou à beira da morte! Claro que tenho lá meus “perrengues” de saúde, porém ainda não recebi a sentença definitiva. Graças a Deus! Inclusive, se for da vontade Dele, quero “incomodar” mais um bom tempo aqui na Terra. Ouça-me, Senhor!

E como seria, então, essa grande festa da minha partida? Nela, cuidadosamente planejada antes, todos seriam naturalmente convidados, tanto amigos quanto opositores. Para “entrar”, porém, todos deveriam doar um alimento não perecível, a ser destinado posteriormente a uma instituição de caridade.

Alguns músicos (habilitam-se, irmãos Biegelmeier?) estariam tocando durante o acontecimento. Não músicas tristes, mas as bem alegres, simbolizando que a minha partida constituiria um momento feliz.

Ainda, seriam servidos alguns quitutes, tanto doces como salgados. Quem quisesse repetir, estaria à vontade. Em certo momento, antes de eu ser levado definitivamente à “moradia final”, a palavra estaria à disposição de quem quisesse falar algo, tanto a favor quanto contra o morto. Democracia sempre!

O que acharam? Estaria bem planejada a grande festa de quando eu partir? Pensando melhor… Tomara que essa “comemoração” demore muito ainda!

Hoje, uma boa leitura para os dias de Carnaval: “As costureiras de Auschwitz” (Lucy Adlington). A autora, magistralmente, conta a verdadeira história de mulheres que, nesse campo de concentração, durante a Segunda Guerra, costuravam para sobreviver. Assim, são apresentadas 25 jovens presidiárias, selecionadas para desenhar, cortar e costurar roupas de luxo para as mulheres dos nazistas.

Bom final de semana!

Deixe seu comentário