Xanxerê

Lance Notícias | 08/06/2021 18:10

08/06/2021 18:10

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Assistente social fala sobre a importância de inserir adolescentes no mercado de trabalho

Marcado pela sua importância, o dia 12 de junho é o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil. Nessa data, são propostos diversos temas para realizar uma campanha de sensibilização e mobilização da comunidade contra o trabalho infantil. Além disso, muitos empregadores se posicionam neste dia. Infelizmente, essa ainda é a realidade de muitas crianças do […]

Assistente social fala sobre a importância de inserir adolescentes no mercado de trabalho

Marcado pela sua importância, o dia 12 de junho é o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil. Nessa data, são propostos diversos temas para realizar uma campanha de sensibilização e mobilização da comunidade contra o trabalho infantil. Além disso, muitos empregadores se posicionam neste dia. Infelizmente, essa ainda é a realidade de muitas crianças do nosso país, de acordo com alguns dados do Mapa do Trabalho Infantil, há atualmente 2,3 milhões de crianças, entre 5 e 17 anos, trabalhando sem a proteção prevista na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e também na Lei do Aprendiz.

Em conversa com a assistente social do município de Xanxerê, Samantha Roloff, ela pontua questões importantes sobre o assunto.

– Todos os anos no mês de junho nós desenvolvemos uma campanha para explicar para as pessoas o que é o trabalho infantil e quais às consequências dele. Esse ano, a gente optou por trabalhar nas articulações, pensando no que é possível para mudar essa realidade. A nossa campanha incentiva os programas de aprendizagem, mostrando que uma empresa que emprega um jovem aprendiz, é uma empresa do futuro. Nós sabemos que por conta da pandemia, existe um aprofundamento da crise econômica e que para a área empresarial também é complicado. Então o nosso viés não é fiscalizar ou fazer denúncias, mas sim se sensibilizar sobre o jovem aprendiz. O maior objetivo do programa é adotar esse jovem dentro da missão, da visão da empresa e ensinar aquele profissional o que os empresários querem e não estão encontrando no mercado. Os programas podem durar até dois anos e posteriormente o adolescente pode permanecer efetivado na empresa, o que acaba sendo vantajoso para os empregadores também – conta.

De acordo com Samantha, o foco de atuação da assistência social sempre vai ser empregar adolescentes em situação de vulnerabilidade social, situação de violência ou em casos de violação de direitos.

– Nós iniciamos na semana retrasada uma turma do PIT, que é um programa de iniciação ao trabalho com 79 jovens em vulnerabilidade social, nessa uma semana que a gente ofertou o curso, nós já tivemos duas empresas nos procurando para a contratação de jovens, então até hoje, eles têm uma seleção e estão bem empolgados com essa oportunidade. Além de vantagem para a empresa, a gente entende que também é uma vantagem quanto sociedade, falando do público da assistência social, porque são públicos que são historicamente marginalizados, em ciclos de pobreza, então conseguir oportunizar para esse jovem um emprego, é transformador.  Apoiar essas iniciativas é extremamente significante para nós – conclui.

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