Social

Lance Notícias | 05/05/2020 18:30

05/05/2020 18:30

67222 visualizações

Consciência ambiental da população cresce neste período de quarentena

Muitas pesquisas e postagens voltadas à recuperação da natureza neste período de quarentena tem surgido nos últimos meses e levantado questionamentos sobre a questão. As populações das cidades realmente estão produzindo menos lixo, ou foi sua consciência ambiental que aflorou estando mais tempo em casa? Marina Petzen, que é bióloga e consultora do Instituto Lixo […]

Consciência ambiental da população cresce neste período de quarentena

Muitas pesquisas e postagens voltadas à recuperação da natureza neste período de quarentena tem surgido nos últimos meses e levantado questionamentos sobre a questão.

As populações das cidades realmente estão produzindo menos lixo, ou foi sua consciência ambiental que aflorou estando mais tempo em casa?

Marina Petzen, que é bióloga e consultora do Instituto Lixo Zero, diz que é difícil afirmar se houve uma redução na produção de lixo, visto que cada cidade tem sua particularidade, assim como cada região tem sua característica, mas há vários avanços relacionados a isso.

– A lógica é que menos pessoas na rua, estando mais em casa, mais isoladas, consequentemente menos impacto para a natureza. E isso vai desde a poluição produzida por veículos ser reduzida, até a menor produção de resíduos – comenta.

Ela conta sobre a própria experiência com a produção de lixo, neste período em que a família está em isolamento social.

– Nós temos uma composteira em casa, e em 20 dias enchemos ela, mais ou menos o dobro do que teríamos produzido em um período de trabalho normal, quando não fazemos tantas refeições em casa. E isso é o que se percebe de um modo geral – diz.

Segunda Marina, na primeira semana da quarentena percebeu-se uma redução dos resíduos recicláveis, ou seja, das embalagens que vão para o lixo, bem como um aumento na geração de resíduos orgânicos.

– Já nas semanas seguinte da quarentena, essa redução não foi tão grande, então não conseguimos afirmar se houve o retorno dos produtos industrializados, ou se as pessoas em casa, conseguiram assimilar melhor a questão da separação do lixo, fazendo com que houvesse o aumento dos recicláveis também – comenta.

Marina percebeu uma mudança no olhar da população nestas questões ambientais, quando recebeu vários contatos nas redes sociais, com o espanto sobre a própria produção de lixo.

– Através da minha loja nós comercializamos composteiras domésticas, e o aumento na venda foi muito grande desde a última quinzena de março até hoje. Várias pessoas acordaram para o fato de que apesar de produzirem muitos resíduos, podem compostar e fazer o próprio adubo em casa. Basta apenas dedicação – diz ela.

O comparativo de Marina para a utilização das composteiras vai de um mês normal com duas vendas, há cerca de cinco composteiras vendidas nos últimos meses.

Dessa forma, não se pode afirmar que houve redução no lixo produzido, mas pode-se afirmar que a população está mais sensível ao fato de que é necessário reduzir os resíduos que vão para o meio ambiente, descartando-os de forma correta.

– Sem dúvida, acredito que muitas pessoas mudaram sua rotina e algumas mudanças devem permanecer como hábitos. Uma conquista de um novo modo de vida, com menor impacto e mais sustentável talvez – finaliza.

Deixe seu comentário