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Lance Notícias | 26/04/2022 16:24

26/04/2022 16:24

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De aluna a professora: jovem apaixonada por dança se encontra no meio

Mariana Coelho Luzzi é natural de Chapecó e tem 20 anos, porém mora em Xanxerê praticamente sua vida toda. Portanto, diz se considerar uma xanxerense nata. Além disso, é acadêmica de Educação Física. Desde pequena Mariana diz que adorava dançar seja em jantas de família, ou até mesmo nos vídeos de internet. — Quando eu […]

De aluna a professora: jovem apaixonada por dança se encontra no meio

Mariana Coelho Luzzi é natural de Chapecó e tem 20 anos, porém mora em Xanxerê praticamente sua vida toda. Portanto, diz se considerar uma xanxerense nata. Além disso, é acadêmica de Educação Física.

Desde pequena Mariana diz que adorava dançar seja em jantas de família, ou até mesmo nos vídeos de internet.

— Quando eu tinha 11 anos meu irmão Lucas Luzzi entrou para a companhia de dança da nossa cidade ECA, expressão corpo e arte, e eu me recordo que fiquei admirada e querendo muito fazer parte disso com ele — conta

Entretanto, ela nos conta que na época as coisas não eram fáceis para sua família e que sua mãe não tinha condições de manter dois filhos nessa escola de dança. Sendo assim, quando seu irmão chegava da escola de dança e ia ensaiar na sala de sua casa, a mesma ficava espiando e tentando pegar os passinhos, fantasiando toda uma dança em sua cabeça.

— Meu irmão foi a primeira chave para desencadear o amor que tenho por essa arte, e com certeza sou fã número um do meu irmão, hoje mesmo ele tendo parado com a dança, sempre digo pra ele que de continuidade para isso, por que além de eu amar a dança eu amo muito ele, sempre fomos melhores amigos o quê e surreal! — afirma

Em consequência disso, foi só em 2018 que a Mariana conseguiu ingressar na escola de dança, pois tinha arrumado um emprego e assim conseguiu realizar aquela grande vontade de aprender a dançar.

— Nossa, entrar para uma escola de dança foi a melhor escolha de minha vida sem dúvidas, nunca me senti tão em casa como naquele lugar, como fui acolhida pelos Meir professores Diego Gonçalves e Rodrigo Mombaque. Me recordo do primeiro dia que pisei na sala de aula, foi um bombardeio de emoções no meu coração, queria chorar, gritar, espernear de felicidade, eu nem acreditava que meu sonho estava se tornando realidade — relata.

Nesse contexto, em seu primeiro dia ela se deparou em uma audição para coreografia do Ghandi Tabosa, ela diz que não o conhecia, mas só queria dançar naquele lugar, naquele momento e desfrutar de tudo que estava sentindo. Então, Ghandi a chamou para dançar na frente com outras três meninas que já dançavam, ela se diz que estava perdida, sua primeira aula foi em um estúdio e nem tinha noção disso.

— Emocionada, cheguei em casa e falei pra minha família: é isso que eu quero pra minha vida! E estou na trilhando esse caminho até hoje amando cada dia mais o que faço e agradecendo pelas pessoas que estão ao meu lado me motivando a nunca desistir! Foi por aí que começou minha trajetória com a dança, dali pra frente é só história linda pra contar — fala.

Com o passar do tempo, ela começou a acompanhar seu professor Diego em Ipuaçu SC, dando aulas para as crianças de lá. Hoje em 2022 eles se tornaram sua turma júnior que está crescendo a cada dia mais e ela teve a oportunidade de coreografar com Diego a turma júnior de Xanxerê.

— Poder dar aulas para o grupo júnior com o Diego foi minha melhor conquista de 2022, não tenho nem palavras para explicar isso! — enfatiza.

Só março desse ano foi realizado o primeiro projeto de sua equipe, foram ministrados workshops sobre diferentes estilos de dança que se chamava: A dança e suas linhagens: pedagogias possíveis sendo realizado em 4 cidades diferentes, Faxinal dos Guedes, Ponte Serrada, Ipuaçu e Vargeão.

— Foi tão gratificante para nós levar um pouco dessas linguagens diferentes da dança, levar essa oportunidade para muitas crianças que não tinham acesso a isso que hoje estão participando das companhias de dança dessa cidade, é sobre isso entendem? — detalha.

Mari já realizou muitos workshops nacionais e internacionais, inclusive janeiro desse ano foi para a colônia de férias em Curitiba, é um evento que tem dias de workshops.

— Foi um prazer enorme agregar na minha dança para trazer pra cá também, então devagarinho a gente vai subindo degrau por degrau, e nessa história toda eu tenho duas pessoas especiais que sempre que posso eu agradeço por me mostrarem esse mundo e abrirem portas para isso, meu irmão Lucas Luzzi que é meu maior fã e posso dizer com tranquilidade que é o amor da minha vida, que me apresentou esse mundo e me motivou quando comecei a dançar, e o professor Diego Gonçalves que abriu inúmeras portas.  E gosto de ressaltar, quando eu digo que a dança muda vidas eu digo a mais pura verdade, eu sou prova disso — finaliza.

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