Covid-19

Lance Notícias | 13/05/2020 18:32

13/05/2020 18:32

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Enfermeira explica porque casos suspeitos também são divulgados

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (13), a enfermeira responsável pela vigilância epidemiológica de Xanxerê, Francismara Zago, respondeu ao questionamento sobre o motivo pelo qual os pacientes suspeitos de coronavírus são divulgados nos boletins diários, bem como o porquê os casos de óbitos são informados à população. – Esse é um tema […]

Enfermeira explica porque casos suspeitos também são divulgados

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (13), a enfermeira responsável pela vigilância epidemiológica de Xanxerê, Francismara Zago, respondeu ao questionamento sobre o motivo pelo qual os pacientes suspeitos de coronavírus são divulgados nos boletins diários, bem como o porquê os casos de óbitos são informados à população.

– Esse é um tema que gera bastante dúvida, questionamentos e por vezes até revolta por parte da população, muitas pessoas nos ligam e solicitam para que não sejam divulgados os óbitos de casos suspeitos. Porém, como já foi falado em outros momentos, é importante que se tenha essa clareza com toda a população. Nós falamos desde o início que sempre iriamos falar tudo, e é isso que estamos fazendo. Então é um protocolo do Estado, todos os municípios precisam divulgar os casos suspeitos de coronavírus – explanou ela.

Segundo ela, por mais que o paciente de óbito tenha uma doença antecedente, ou uma comorbidade relacionada, que evoluiu para um quadro de insuficiência respiratória, é preciso saber o porquê desta evolução.

– Precisamos saber o porquê do uso do respirador, o porquê que este paciente acabou em uma UTI. Então, esta é a clareza que precisamos ter com a população, e que vamos continuar divulgando. Entendemos que é um momento da família, um momento delicado, nos colocamos no lugar e é difícil para nós também, mas não é um protocolo estabelecido pela Vigilância Epidemiológica ou Sanitária, Ministério Público ou outro órgão competente, é algo que já veio estabelecido pela Anvisa, pelo Ministério da Saúde, e nós só estamos cumprindo, e iremos continuar este trabalho – destacou.

Além disso, é importante destacar que o objetivo maior é preservar a vida das pessoas. É preciso respeitar o protocolo que existe nessas situações.

– A partir do momento que a pessoa vai a óbito por coronavírus, ela não pode ter o caixão aberto, é necessário que seja lacrado, e em poucas horas seja sepultada. E muitas pessoas não compreendem, solicitam que possam dar o último adeus, e isso também nos angustia, porque não fomos nós que fizemos essa lei, mas é a única forma que temos de prevenir as pessoas que ficaram – diz.

Ela salienta ainda que é importante ter paciência e compreensão neste momento, e ao surgirem dúvidas que se procure as pessoas competentes para evitar assim os comentários desnecessários e Fake News.

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