Na última sexta-feira (27), o governo federal anunciou a liberação de R$ 40 bilhões para o pagamento dos salários dos trabalhadores empregados nas pequenas e médias empresas, pelo período de dois meses.

Estão enquadradas empresas que tem faturamento entre R$360 mil e R$10 milhões por ano. Além disso, a empresa que aderir ao empréstimo terá carência de seis meses para começar a pagar, e poderá parcelar em até 36 meses o pagamento.

A exigência para a contratação do empréstimo está na segurança dos trabalhadores à vaga de emprego. Pelo período de dois meses, ninguém poderá ser demitido.

Quanto à taxa de juros, ela está no mesmo patamar da Selic, ou seja, 3,75% ao ano. E o valor do financiamento é limitado a até dois salários mínimos por trabalhador por mês.

Outro detalhe importante, é que esta linha de crédito é exclusiva para pagamento dos salários dos funcionários, não para bancar despesas gerais da empresa.

A previsão do governo é que sejam beneficiadas 1,4 milhão de pequenas e médias empresas do país, totalizando 12,2 milhões de pessoas beneficiadas.

Mas a medida ainda precisa ser aprovada pelo Congresso. Ela deverá ser editada como abertura de crédito extraordinário de R$ 34 bilhões por dois meses, sendo R$ 17 bilhões por mês, com a criação de um fundo operacionalizado pelo BNDES, fiscalizado e supervisionado pelo Banco Central e com aporte de recursos do Tesouro Nacional. Os R$ 6 bilhões da diferença serão provenientes dos bancos privados, completando assim os R$ 40 bilhões do programa.

Entre os bancos privados, sabe-se que Santander, Itaú e Bradesco, anunciaram que estarão no programa.

Basta agora aguardar a aprovação e saber quando se dará a liberação do recurso.