O leite e seus derivados merecem destaque por constituírem um grupo de alimentos de grande valor nutricional, uma vez que são fontes consideráveis de proteínas de alto valor biológico, além de conterem vitaminas e minerais. – O consumo habitual desses alimentos é recomendado, principalmente, para que se atinja a adequação diária de ingestão de cálcio, […]
O leite e seus derivados merecem destaque por constituírem um grupo de alimentos de grande valor nutricional, uma vez que são fontes consideráveis de proteínas de alto valor biológico, além de conterem vitaminas e minerais.
– O consumo habitual desses alimentos é recomendado, principalmente, para que se atinja a adequação diária de ingestão de cálcio, um nutriente que dentre outras funções, é fundamental para a formação e a manutenção da estrutura óssea do organismo – diz Lidiâne de Rossi, nutricionista.
Segundo ela, o principal carboidrato presente no leite é a lactose, compreendendo de 40 a 50 gramas por litro, ou de 8 a 10 gramas por copo de 200 ml. Fisiologicamente, esse açúcar contribui para o aumento da absorção intestinal de cálcio, magnésio e fósforo presentes no leite.
A pesar de ser considerado importante fonte de proteína para a alimentação humana, uma vez que contém, em média, 32 g desse nutriente por litro, ou 6,4 g por copo de 200 ml, ainda assim, há alguns mitos sobre o consumo do leite, que a nutricionista comenta.
– Mitos e crenças populares completam o afastamento dos adultos do consumo de leite. O fato dos humanos serem os únicos mamíferos que tomam leite de outra espécie e que mantêm essa ingestão após o desmame, tem levantado questionamentos a respeito de seu consumo na idade adulta, já que muitos consideram essa prática algo não “natural”. Entretanto, torna-se difícil a manutenção do aporte adequado de alguns micronutrientes essenciais com a exclusão dos alimentos lácteos da dieta, podendo resultar em uma nutrição inadequada – diz ela.
Lidiâne diz que algumas pessoas, reduzem a ingestão de lácteos por se auto perceberem como intolerantes à lactose. Porém, muitas vezes, essa percepção à intolerância ao leite de vaca é mais frequente do que aquela realmente confirmada por diagnóstico clínico. É importante estabelecer a diferença entre alergia à proteína do leite e intolerância à lactose.
– A alergia à proteína do leite de vaca é uma reação imunológica adversa, que se manifesta após a ingestão de uma porção, ainda que mínima de leite ou derivados, podendo provocar alergias na pele, reações respiratórias e diferentes graus de injúria no intestino, como constipação crônica, dores abdominais e/ou diarreias, além de náuseas e vômitos. Neste caso, não pode haver ingestão da proteína do leite – explica.
Já a intolerância à lactose é o nome que se dá à incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar existente no leite e seus derivados, a lactose.
– Esse problema ocorre quando o organismo não produz ou produz em quantidade insuficiente, a enzima digestiva chamada lactase, responsável pela quebra e decomposição da lactose. Como consequência, essa substância chega ao intestino grosso inalterada, onde se acumula e é fermentada por bactérias, resultando na formação de gases que podem provocar dores abdominais. A intolerância à lactose pode ser leve, moderada ou grave, segundo o tipo de deficiência apresentada – comenta.
Dessa forma, você que gosta de ingerir o leite em suas refeições, fique tranquilo, seu consumo é sim indicado e tem benefícios, a restrição ao consumo de leite e derivados somente deve ser feita aos indivíduos com diagnóstico clínico confirmado de intolerância à lactose, ou sensibilidade à proteína do leite.