A Constituição de 1946 garante a imunidade de impostos a materiais para leitura, e desde 2004 vigora a Lei 10.865 que desonera a indústria do livro. Porém, o ministro da Economia, Paulo Guedes prometeu acabar com essa isenção de tributos bem como qualquer benefício ao setor, em troca da colaboração com a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), e a alíquota pode chegar a 12%.

O Lance Notícias conversou com o professor de Língua Portuguesa Ulisses Júnior Longhi, para saber sua opinião quanto educador.

– Infelizmente, no Brasil, os governantes sempre tiveram dificuldades para gerir a educação e a cultura. Assim, nossa educação apresenta sérias deficiências, motivada, em grande medida, pelo descaso com que se trata a cultura. Essa taxação de impostos sobre os livros vai na contramão do que seria termos um povo culto, com acesso a livros e outras manifestações culturais. Considero um retrocesso esse reajuste sobre os livros, o que priva a população do acesso a um de nossos maiores bens culturais, o livro – comenta o professor.