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Lance Notícias | 23/09/2020 18:45

23/09/2020 18:45

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Orgulho pela profissão: conheça Corvo, um dos chapas mais antigos de Xanxerê

Você sabe o que é um chapa? Essa é uma função bastante antiga e esse curioso nome nasceu do costume de o trabalhador, que para oferecer seus serviços aos caminhoneiros que trafegam nas rodovias, usava uma pequena chapa de madeira, ou papelão com os dizeres: “ajudante, descarrego mercadoria, carga e descarga”. O serviço é braçal e […]

Orgulho pela profissão: conheça Corvo, um dos chapas mais antigos de Xanxerê Foto: João Carlos Ramos

Você sabe o que é um chapa? Essa é uma função bastante antiga e esse curioso nome nasceu do costume de o trabalhador, que para oferecer seus serviços aos caminhoneiros que trafegam nas rodovias, usava uma pequena chapa de madeira, ou papelão com os dizeres: “ajudante, descarrego mercadoria, carga e descarga”.

O serviço é braçal e cansativo, mas um dos chapas mais antigos de Xanxerê, conta ao Lance Notícias o orgulho pela profissão, exercida há mais de 53 anos.

– Comecei aos 13 anos, já fazem 53 anos que descarrego caminhão. Tenho mais três irmãos que trabalham comigo na descarga – conta Dorvalino Rosa de Oliveira, popular Corvo.

Corvo é uma figura bastante conhecida em Xanxerê, está sempre nas proximidades da Rua Cel. Passos Maia, em frente ao Mercado Toigo, bem no centro do município. Para solicitar seus serviços, basta passar pelo local.

– Nunca tive nenhum acidente de trabalho, graças a Deus, e sempre trabalhei honestamente. Trabalhando certo para as pessoas fazemos muitas amizades. Não me arrependo nem por um momento de ter escolhido esse caminho – comenta.

Seu maior orgulho é o de ser um trabalhador honesto, e de poder bater no peito falando sobre suas conquistas. Todas elas provindas do seu esforço e suor.

– É a minha profissão, e eu considero a mesma profissão como de um advogado, um engenheiro, é igual, tão importante quanto. Foi trabalhando que consegui minha casa própria, uma vida confortável, e realizar meus sonhos e conquistas – diz.

Ele conta que diversas vezes chegou às 24h de trabalho, descarregando caminhão, puxando produtos e realizando os serviços contratados.

– Teve um tempo em que descarregamos de 50 a 60 carretas por semana de calcário, em dois, trabalhamos 24h praticamente. Saíamos de manhã cedo e voltávamos no outro dia para casa, batendo a pá, as vezes sem comer, comíamos quando chegávamos em casa alguma coisa e já saíamos novamente para o trabalho – relembra.

Corvo já trabalhou em toda a região, chegando a fazer serviços até na divisa com São Paulo. Para ele, todo serviço contratado é levado a sério, não importa quando e onde, ele faz com comprometimento e amor.

– Graças a Deus é a minha profissão, com muito orgulho e honestidade – finaliza.

 

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