Há 23 anos, uma empreendedora de Xanxerê começou seu projeto de realizar o sonho que muitas mulheres tem desde menina: o seu vestido de noiva.

Regina Maria Procowski, contou em entrevista ao Lance Notícias que produz em média 60 casamentos por ano. E ela está neste ramo há mais de 20 anos. São muitos casamentos para a conta.

E não somente isso, mas são muitos sonhos tornados realidade pelas suas próprias mãos.

– Cada noiva tem uma história diferente, e eu tenho o maior orgulho de me tornar parte do sonho delas. Algumas se preparam com mais tempo, então convivemos por um ano todo, outras menos, mas cada uma tem seu estilo e é muito legal, porque hoje eu as encontro no mercado, na rua e elas lembram de mim, é muito gratificante – conta Regina.

Conforme ela conta, é um vínculo que se faz pelo resto da vida. Inclusive com convites para madrinha de casamento.

– Tenho umas oito noivas que fui madrinha de casamento. Algumas também distantes, do Rio Grande do Sul, do Paraná. E Criamos um vínculo tão grande que hoje somos comadres – comenta.

Os vestidos até poucos anos atrás, eram feitos de forma artesanal por Regina. Desenhados, costurados e bordados manualmente, conforme o desejo da noiva.

Hoje, como tudo encontra a modernidade, ela também criou muitos parceiros fabricantes, onde encontra as bases dos vestidos prontas e assim os personaliza, dando o toque final do acabamento, o que de qualquer maneira, os torna únicos e especiais para o grande dia.

– Tenho alguns vestidos que são só meus! Desenhados e criados por mim, isso é muito gratificante. Mas infelizmente não posso mais. Tenho algumas restrições que chegaram pela idade, o meu braço não ajuda mais, então não posso mais ficar oito, 16 horas bordando, como fazia no início. Às vezes, ainda teimo e fico até meia-noite, 1 hora da manhã bordando, mas já não posso mais fazer isso – diz.

Ela tem três filhos, que seguiram carreiras diferentes, e diz que nenhum demonstrou vontade em dar sequência no empreendimento, mas que seguirá trabalhando enquanto puder.

– Eu desacelerei um pouco, porque a idade chegou, e não temos mais aquela disposição. Também quero passar a minha velhice mais perto dos meus filhos, que não moram mais aqui em Xanxerê, mas são planos, por enquanto sigo transformando os sonhos de princesas em realidade – finaliza.

Imagem: arquivo pessoal

Imagem: arquivo pessoal

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