O radar meteorológico de Chapecó monitorou em tempo real a evolução do sistema, que ganhou força ao longo da madrugada
A destruição registrada em diversas cidades do Oeste de Santa Catarina na madrugada desta segunda-feira (23) foi provocada por uma linha de instabilidade atmosférica, e não por um tornado. A informação foi confirmada pela Defesa Civil do estado, após análise das condições meteorológicas durante o evento.
De acordo com o órgão, o fenômeno ocorreu devido ao avanço de uma frente fria que gerou rajadas de vento com velocidades entre 70 km/h e 100 km/h, atingindo especialmente municípios como Abelardo Luz, Xaxim, Xanxerê, Descanso e São Lourenço do Oeste. Houve registros de destelhamentos, quedas de árvores, postes e alagamentos pontuais.
O radar meteorológico de Chapecó monitorou em tempo real a evolução do sistema, que ganhou força ao longo da madrugada. A Defesa Civil explicou que, ao contrário dos tornados, esse tipo de fenômeno é caracterizado por ventos lineares e generalizados, sem formação de funil ou trilha de destruição concentrada.
Além das rajadas, a linha de instabilidade trouxe volumes expressivos de chuva em curto intervalo. Em algumas localidades, o acumulado chegou a 20 milímetros em apenas 20 minutos.
O órgão também ressaltou que um alerta meteorológico já estava em vigor desde sexta-feira (20), informando sobre o risco de temporais e ventos fortes. Durante a madrugada, seis alertas emergenciais foram enviados à população por diferentes canais, como SMS, WhatsApp e sistema cell broadcast.
Equipes municipais e estaduais seguem em campo para levantar os danos. Técnicos reforçam que não há qualquer indício de tornado, sendo os estragos compatíveis com ventos severos associados à linha de instabilidade.