Lojas atuais ocupam locais que antes eram casas de madeira ou terrenos baldios
Uma fotografia de novembro de 1961 mostra a Rua Coronel Passos Maia, no coração de Xanxerê, em um momento de intensa urbanização. A imagem, garimpada em um site de colecionismo, traz a frase: “Mecê não pense que aqui tudo é mato”, lembrando que a cidade já passava por profundas mudanças há mais de seis décadas.
O lado esquerdo da rua, em primeiro plano, revela a Casa Herrmann, então ligada ao beneficiamento de madeira ou móveis, e um terreno ainda baldio com uma árvore. Atualmente, o local abriga a Farmácia São Rafael, a loja Papelândia Brinquedos e Confecções e o Maxi Bazar de Utilidades.
Seguindo pela mesma calçada, a imagem mostra o pequeno edifício do fotógrafo Alfredo G. Musskopf, substituído hoje pela Essência Cosméticos e Salão de Beleza. A antiga Casa Paulista cedeu lugar à loja de decoração Kazo A Kazo, enquanto algumas construções resistiram ao tempo, como a que abriga atualmente a Farmácia Santo Antônio e a loja Akakia Cosméticos.
Entre essas edificações ainda existia a filial da loja Casas Eduardo, substituída pelo prédio que abriga hoje Panda Confecções e Cyber Space – Internet. Outras construções, como a do Bimbo Fios e Artesanato e o antigo posto Esso, permanecem em funcionamento, abrigando hoje o Bazar das Festas e a sorveteria Bistrô, além de uma pracinha que ocupa o espaço do antigo chafariz. Ao fundo, o Prédio da Volks segue ativo como concessionária da Auto Xanxerê.
No lado direito da rua, algumas construções originais deram lugar a novos empreendimentos. Atualmente, o espaço abriga a Relojoaria e Ótica Confiança, o Clube Cultural e Recreativo Xanxerê, o Restaurante O Costelão, e o edifício da família Bortoluzzi, com o SESC e o Cantinho do Sorvete. Diversos outros estabelecimentos comerciais completam a paisagem moderna da rua.
A fotografia é mais do que um registro visual: é um documento histórico, que permite acompanhar a transformação urbana, preservando a memória de Xanxerê. Cada prédio, cada mudança, reflete a evolução da cidade e conecta gerações que sequer conheceram o autor da imagem.