Registro da década de 1960 revela a simplicidade e o espírito comunitário da população
Na década de 1960, quando a Praça Tiradentes ainda estava em construção, Xanxerê era um retrato vivo de uma cidade pequena que aprendia a crescer. Ao centro da imagem daquele tempo, o casarão do senhor Vido Tonial se destacava como símbolo de uma época em que o cotidiano se misturava com a história.
Era o tempo em que a vida cabia numa praça, o compasso do dia era marcado pelo sino da igreja e o chimarrão servia de conexão entre vizinhos. As pessoas se conheciam pelo nome, o fiado valia mais do que contrato e o progresso andava no ritmo das charretes.
Hoje, com ruas movimentadas, buzinas e pressa, Xanxerê já não é a mesma, mas basta o vento soprar pela Praça Tiradentes para lembrar que aquele velho Xanxerê ainda vive. Vive nas memórias, nos costumes e na saudade de um tempo em que a simplicidade era o maior luxo e a alma da cidade, imortal.