A trombofilia caracteriza-se por uma propensão para a formação de coágulos de sangue, que pode levar à ocorrência de uma trombose, AVC ou embolia pulmonar, por exemplo. Isso acontece porque as enzimas do sangue responsáveis pela coagulação deixam de funcionar corretamente, o que pode ser causado por diversos fatores, sendo um deles a gravidez. É exatamente por […]
A trombofilia caracteriza-se por uma propensão para a formação de coágulos de sangue, que pode levar à ocorrência de uma trombose, AVC ou embolia pulmonar, por exemplo. Isso acontece porque as enzimas do sangue responsáveis pela coagulação deixam de funcionar corretamente, o que pode ser causado por diversos fatores, sendo um deles a gravidez.
É exatamente por isso que a Hellen Bortolini está passando. Ainda em 2019 descobriu ter trombofilia e que isso estava atrapalhando o seu sonho de ser mãe.
– Descobri que tinha trombofilia no começo de janeiro de 2019. Já fazia algum tempo que eu e meu marido estávamos tentando ter filhos, na verdade, um pouco a gente tentava e logo desistíamos de novo porque sempre surgia alguma coisa que a gente queria dar preferência e pensávamos que por ser um casal mais jovem era cedo e tínhamos tempo. Mas, chega uma hora que a gente sente a necessidade e a falta de ter um bebê dar carinho. Foi quando decidimos tentar novamente. Então, procuramos uma médica e falamos para ela dá vontade que sentíamos em ter filhos. Ela fez vários exames conosco e todos deram normais – comenta.
Com os resultados todos normais, o casal continuou tentando e ainda sem sucesso, a médica desconfiou do que poderia ser.
– Se passaram alguns meses e nada de engravidar, então a médica falou para nós fazer outros tipos de exames, que como os primeiros deram normais ela ia fazer uma investigação em mim para trombofilia. Fiz uma bateria de exames de mutação e constatou a doença. Dois desses exames deram com alteração que foi o MTHFR e o Anticoagulante Lupico – conta.
Hoje, Helen está com quase 36 semanas de gestação e o bebê está bem e saudável. Nos últimos dias ela realizou um ensaio de gestante e claro, a trombofilia fez parte do tema.
– Então, depois do diagnóstico da trombofilia, tivemos uma conversa com médica e ela nos passou as possíveis consequências que a trombofilia causa em uma gravidez, mas enfim mantivemos a calma e a fé em Deus porque para ele nada é impossível. Em outubro de 2019 como meu ciclo era bem desregulado e eu nem pensava em uma possível gravidez pelo fato de todos os meses serem normais os atrasos eu nem me importei, mas começaram a surgir os sintomas, foi quando resolvi fazer um teste de farmácia e este teste apareceu a segunda linha bem clarinha. Quando meu marido chegou em casa falei pra ele, foi um momento único e maravilhoso porque surgiu vários tipos de emoções. Refiz o teste no dia seguinte e apareceu novamente a segunda linha. Comuniquei a médica que imediatamente me recomendou iniciar as injeções de enoxoparina e procurar um hematologista para me repassar a dosagem correta que eu deveria usar. Fomos do hematologista que me receitou a enoxopari na de 80 m/g ao dia até 30 dias após o nascimento da bebê. No início da gravidez tive um leve sangramento, mas sem complicações. A gravidez está evoluindo bem, estou de 35 para 36 semanas de gestação e todos os dias aplico a injeção subcutânea na barriga, sendo que já apliquei 270 ampolas. Mas são as picadinhas do amor que me enche de alegria a cada picadinha, pois sei que minha bebezinha está bem e que logo teremos ela em nossos braços – finaliza.