Já não é mais surpresa para ninguém assistir a debates políticos calorosos, agressivos, ardilosos e embainhados de muita perspicácia e até mesmo desejos maldosos. Mas a pergunta que fica é: Se tanto a esquerda como a direita, lutam pelo bem do País, como pode haver tanta discrepância de pensamentos e ideologias? Se todo os políticos dizem-se ser patriotas, e fazem tudo “por amor à pátria”, por que estamos vivemos o limbo na política? E nós, diante de tudo isso, permanecemos firmes pelo patriotismo, ou, somos otimistas demais?

Patriotismo tem a ver com um sentimento de amor à própria terra, digno das repúblicas e dos homens livres, sem, contudo, associar à ideia de soberania da nação ou de submissão a um Estado ou governo. Já, Otimismo, diz respeito ao comportamento de quem sempre busca ver o lado bom em tudo, e em todos, ainda que esteja em situações ruins ou complicadas.

O Brasil, hoje, enfrenta um desenfreado processo de extinção do que verdadeiramente é o patriotismo. Podemos perceber isso olhando para nossas escolas, universidades, mídias sociais. Uma sociedade que perdeu sua marca, sua identidade, derrubou os símbolos que remetem à cultura brasileira e seus grandes feitos, sem necessariamente propor algo para substituir o vazio gerado.

Precisamos voltar rapidamente ao ponto central do que nos fez ser enlaçados por esse “otimismo pessimista”. Sim, paradoxo complexo, mas que de fato retrata a sociedade brasileira.

Por fim, qual foi o ponto onde caímos? Para onde precisamos voltar?  Se somos patriotas, algo está errado. Se somos apenas otimistas, podemos continuar nessa marcha fúnebre por muito tempo.