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Lance Notícias | 29/08/2024 09:09

29/08/2024 09:09

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Dia Nacional de Combate ao Fumo: Especialistas alertam sobre os perigos do tabagismo

Campanha Nacional combate o tabagismo no Brasil

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, destaca os riscos do tabagismo, especialmente para gestantes e bebês, sob o tema “Tabagismo: os danos para a gestante e para o bebê”. A campanha visa conscientizar sobre as graves consequências do fumo, como parto prematuro, baixo peso ao nascer, malformações congênitas e síndrome da morte súbita infantil.

O tabagismo, responsável pela morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano no mundo, incluindo 1,3 milhão devido ao fumo passivo, é considerado uma grave ameaça à saúde global. A fumaça do tabaco contém mais de 7 mil substâncias químicas, das quais 69 são conhecidas por causar câncer. A proteção das gestantes e das crianças contra os efeitos nocivos do tabagismo e do fumo passivo é o foco da campanha de 2024.

Monitorar o uso de tabaco durante a gravidez é essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O tabagismo afeta negativamente o feto e a mãe, além de recém-nascidos, crianças e jovens que convivem com fumantes, aumentando o risco de iniciação ao tabagismo.

A cessação do tabagismo, em qualquer momento da gestação, é benéfica tanto para a gestante quanto para o feto. Profissionais de saúde são orientados a incentivar a cessação do tabagismo, especialmente durante as consultas de pré-natal, conforme as diretrizes do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Tabagismo (2020), que recomenda aconselhamento estruturado sem o uso de medicamentos para gestantes.

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, instituído em 1986 pela lei nº 7488, tem como objetivo mobilizar a população sobre os riscos do uso do cigarro. No Brasil, o tabagismo causa cerca de 200 mil mortes anuais, e no mundo, esse número chega a 4,9 milhões.

O cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, entre elas alcatrão e nicotina. A nicotina, além de causar dependência similar à cocaína, afeta o sistema nervoso central, aumenta a pressão sanguínea e a frequência cardíaca. O alcatrão está associado a doenças cardiovasculares e câncer.

O tabagismo pode desencadear aproximadamente 50 problemas de saúde, como infarto do miocárdio, enfisema pulmonar, derrame, câncer, impotência sexual, infertilidade, hipertensão e diabetes. Cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão são atribuídos ao fumo, e as chances de cura são baixas.

Os fumantes passivos, que convivem com fumantes, também enfrentam riscos aumentados de desenvolver câncer de pulmão, doenças cardiovasculares e respiratórias. Bebês de mães fumantes podem nascer prematuramente ou com baixo peso.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, incluindo medicamentos e acompanhamento profissional. Parar de fumar pode reverter alguns dos danos causados pelo tabagismo, e após um ano sem fumar, os riscos começam a diminuir.

A Lei Antifumo (lei nº 12.546/11) proíbe o ato de fumar em ambientes coletivos, públicos ou privados, e visa proteger a população dos efeitos nocivos do fumo passivo. A lei determina a proibição de fumar em locais parcialmente fechados e extingue a existência de fumódromos e propagandas de cigarro.

O tabagismo é um dos maiores fatores de risco para doenças cardiovasculares, como angina e infarto. A nicotina contrai os vasos sanguíneos e endurece as artérias, sobrecarregando o coração. Dados do INCA indicam que 10% dos fumantes podem ter uma redução de até 20 anos na expectativa de vida.

A cessação do tabagismo é a única forma de reduzir o risco de infarto. O mercado oferece medicamentos, adesivos de nicotina e outros métodos para ajudar nesse processo, mas a determinação do fumante é crucial para o sucesso.

 

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