Neste sábado (07), uma equipe de 10 bombeiros do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) foi deslocada para uma nova área no município de Naviraí, no Mato Grosso do Sul, para combater as intensas queimadas que assolam o Pantanal. A outra metade da equipe, composta por mais 10 bombeiros, permanece em Aquidauana, onde as operações de controle de incêndios continuam em andamento.

A nova missão ocorre no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, uma vasta área de 73.345 hectares localizada na Bacia do Rio Paraná. As condições na região são alarmantes, com vários focos de incêndio ativos e o terreno dificultando ainda mais o combate. A vegetação densa e a presença de áreas alagadas tornam o acesso complicado, exigindo que os bombeiros adotem estratégias de combate indireto, como o uso de contrafogo para impedir o avanço das chamas.

Os bombeiros catarinenses chegaram ao Mato Grosso do Sul no dia 28 de agosto, atendendo a um pedido do governador Jorginho Mello para reforçar as equipes locais no combate ao fogo. Desde então, eles têm enfrentado um cenário desafiador. O comandante da operação, capitão Ricardo Bianchi, descreveu a situação encontrada no Parque Estadual como crítica.

“O cenário que encontramos aqui no Parque é extremamente crítico. A extensão da área, somada às frentes de fogo que chegam a 30 quilômetros, torna inviável o combate direto. Por isso, estamos adotando estratégias de contrafogo, com o objetivo de evitar que as chamas avancem em direção às fazendas e causem ainda mais destruição a esse ambiente de fauna e flora tão rica”, relatou o capitão Bianchi.

As queimadas no Pantanal estão sendo agravadas pela forte seca que atinge a região. A diminuição das áreas alagadas, típicas do bioma, dificulta ainda mais as operações de combate. Além disso, a seca na Amazônia, que afeta os ciclos climáticos do Pantanal, está contribuindo para a escassez de chuvas no Mato Grosso do Sul.

Os bombeiros de Santa Catarina, especialistas em combate a incêndios florestais, estão equipados com seis caminhonetes e todos os recursos necessários para enfrentar a situação. O uso de drones para o monitoramento tem se mostrado uma ferramenta essencial, permitindo a avaliação precisa dos focos de incêndio e auxiliando na tomada de decisões estratégicas.

Diante da extensão das queimadas, o combate direto ao fogo se torna muitas vezes impraticável, obrigando as equipes a buscar alternativas como o contrafogo. Essa técnica envolve a criação de barreiras de fogo controlado para evitar que as chamas avancem para áreas mais críticas, como fazendas e reservas ambientais.

A equipe de bombeiros catarinenses continua trabalhando incansavelmente, monitorando os focos ativos e ajustando suas estratégias de acordo com as condições do terreno. A expectativa é que, com o apoio de mais brigadistas e a utilização de tecnologias como drones, os focos de incêndio possam ser controlados antes que causem danos ainda mais graves ao Pantanal.

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina