A partir de primeiro de outubro de 2024, a conta de luz dos brasileiros sofrerá um aumento devido à ativação da bandeira vermelha nível 2. Esta mudança, determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), é resultado da seca que afeta o país, impactando os custos de geração de eletricidade.

A cobrança adicional será de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Em setembro, a bandeira vermelha nível 1 estava em vigor, com uma taxa de R$ 4,46 a cada 100 kWh. A medida deve influenciar também o índice de inflação de outubro.

O acionamento da bandeira vermelha nível 2 foi baseado em fatores como o risco hidrológico (GSF) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PDL), que serve como referência de preço para a energia. A Aneel informou que as previsões indicam um volume reduzido de água nos reservatórios das hidrelétricas, levando a um aumento na geração de energia térmica, que é mais cara.

Desde fevereiro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já sinalizava a possibilidade de baixa vazão nas usinas durante o período seco deste ano. Em agosto, o ONS recomendou ao governo a implementação de medidas para garantir o suprimento elétrico em horários de pico de demanda. A antecipação da operação da Termopernambuco, da Neoenergia, foi uma dessas medidas, com a usina agora prevista para operar em outubro, embora tenha sido contratada para iniciar suas atividades apenas em 2026.

A Aneel ressaltou a importância do uso responsável da energia elétrica. A agência orienta os consumidores a utilizarem a energia de forma consciente, evitando desperdícios e contribuindo para a preservação dos recursos naturais.