O Tribunal do Júri de Xanxerê condenou Claudir Rogofski a 12 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pela tentativa de homicídio do ex-marido de sua companheira. Além da pena, o réu deverá pagar R$ 20 mil em reparação à vítima. O crime ocorreu em 10 de novembro de 2014.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), na madrugada do incidente, Claudir surpreendeu a vítima na garagem de sua casa, quando este chegava do trabalho, e disparou duas vezes contra ele. A vítima sobreviveu, embora um dos disparos tenha atingido seu pescoço, gerando risco de morte.

A motivação do crime estaria relacionada à guarda provisória da filha do ex-marido da companheira de Claudir, que havia sido concedida judicialmente. O Promotor de Justiça Marcos Schlickmann Alberton destacou que a investigação realizada pela Delegacia de Polícia de Bom Jesus foi fundamental para o desfecho do caso, mesmo após 10 anos de tramitação judicial.

O júri considerou inconsistente o álibi apresentado pelo réu, resultando na sua condenação. A prisão imediata de Claudir, conforme a interpretação recente do Supremo Tribunal Federal sobre a soberania dos veredictos do Tribunal do Júri, foi vista como um passo importante para combater a impunidade no município.

Cabe recurso da sentença.