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Lance Notícias | 17/12/2020 18:30

17/12/2020 18:30

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Família de Xanxerê presta homenagem a avó que faleceu vítima da Covid-19

No último dia 02 de dezembro o céu da família Alves dos Santos nublou, o sol escondeu-se de tristeza, e à noite estrelas preferiram não brilhar. Em contrapartida, o paraíso encheu de festa para receber Clementina Hunof, a amada avó, que aos 92 anos, infelizmente padeceu perante à Covid-19. Mas em meio a tudo isso, […]

Família de Xanxerê presta homenagem a avó que faleceu vítima da Covid-19

No último dia 02 de dezembro o céu da família Alves dos Santos nublou, o sol escondeu-se de tristeza, e à noite estrelas preferiram não brilhar. Em contrapartida, o paraíso encheu de festa para receber Clementina Hunof, a amada avó, que aos 92 anos, infelizmente padeceu perante à Covid-19.

Mas em meio a tudo isso, a família que não poderia esquecer todos os momentos bons, alegres e incríveis vividos ao lado da matriarca Clementina, preparou e prestou sua emocionada homenagem.

Acompanhe, nas palavras da neta Andressa:

“Primeiramente, a alegria de ter me recuperado da Covid-19. Depois, a tristeza e o sentimento de vazio de saber que a pessoa que eu amo não teve a mesma sorte… Essa doença tirou da gente o direito de ficar do lado dela nos últimos momentos. A doença é real, está aí, tirando vidas. Pode ter um recorte de doença pré-existente, de idade… Mas todo dia ela vai tirar uma pessoa, o amor da vida de alguém, e dói, dói muito.

A gente fica vendo vídeo de gente que melhora, e esperamos que seja nossa vez. Mas muitas vezes não vai ser. Como não foi no nosso caso, como não foi no de milhares de pessoas que não estão se despedindo da família, da mãe, dos filhos.

Ninguém está preparado para uma dor dessa. Ela é palpável e está na nossa porta. A gente não se despede, não pode velar, rezar. Recebe a notícia e tem que enterrar. Parece que você não encerra um ciclo, não tem tempo de entender, processar. No meu pior pesadelo eu não imaginei passar por isso.

Há alguns dias, estávamos todos juntos e a vida parecia infinita. Então tivemos que nos separar de forma repentina e não tivemos a chance de uma despedida.

A gente sofre pela saudade que projeta de momentos maravilhosos, quando deveria agradecer por ter vivido e rezar pelo dia de estar junto novamente. Onde muitos morreram com suas últimas palavras sufocadas pelo isolamento.

Dona Clementina sempre foi uma mulher íntegra, corajosa e amorosa com todos ao se redor. Um anjo na terra. Mas Deus lhe quis lá do lado dele. Sentimos no coração que deveríamos repassar esse texto para todos, para que as pessoas se cuidem e principalmente cuide dos seus familiares”.

Dona Clementinha deu entrada no Hospital Regional São Paulo no dia 26 de novembro, onde ficou internada, indo a óbito na quarta-feira (02).

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