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Lance Notícias | 10/05/2022 16:22

10/05/2022 16:22

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Jovem fala sobre os 12 anos dedicados ao escotismo e recebe medalha de bons serviços

O jovem xaxinense Arthur Varnier Frese, de 18 anos dedica-se ao escotismo junto ao grupo Escoteiros Áquila há 12 anos e no último mês foi promovido à pioneiro. Arthur iniciou no escotismo aos seis anos, no ano de 2010, quando a família mudou para Xaxim. Os pais de Arthur também participam do grupo como Chefes […]

Jovem fala sobre os 12 anos dedicados ao escotismo e recebe medalha de bons serviços Fotos: Arquivo pessoal

O jovem xaxinense Arthur Varnier Frese, de 18 anos dedica-se ao escotismo junto ao grupo Escoteiros Áquila há 12 anos e no último mês foi promovido à pioneiro. Arthur iniciou no escotismo aos seis anos, no ano de 2010, quando a família mudou para Xaxim.

Os pais de Arthur também participam do grupo como Chefes Escoteiros, Rudinei Frese e Cleusa Frese. Em conversa com Arthur, a equipe de jornalismo do Lance Notícias perguntou se a sua motivação em fazer parte dos escoteiros partiu dos seus pais e Arthur conta que a influencia foi reversa na família.

— Na verdade, na nossa família foi ao contrário, eu que influenciei meus pais a participarem do escotismo. Eles iniciaram no movimento logo depois. Eu lembro que minha família queria que eu participasse porque meu pai, educador e minha mãe, jornalista, liam bastante a respeito do escotismo e pensavam que seria algo bom para minha vida— conta.

Arthur e a família acreditavam que fazer parte do escotismo contribuiria para sua educação formal e também na escola, além de fortalecer os valores desenvolvidos na família.

— Logo que iniciei, meu primeiro evento foi com grupos de todo o Estado em Ituporanga, foi em um fim de semana e minha mãe nem dormiu direito de aflita, lógico eles não conheciam direito o escotismo. Depois disso houve um período em que o grupo estava com poucos membros e talvez encerraria as atividades. Meus pais se colocaram à disposição para atuar na chefia. Desde então fazem parte do movimento e hoje também exercem funções em nível de estado, na formação de adultos— comenta.

Arthur faz parte de uma família escoteira. Ele diz que ser filhos de chefes escoteiros nem sempre foi bom, ele conta que sempre foi muito cobrado e precisa ser exemplo para tudo.

— Somos uma família escoteira e até meu irmão de dois anos tem influência. Mas, ser filho de chefe nem sempre foi bom, pelos menos quando os chefes são Rudi e Cleusa. Eles sempre cobraram muito e eu tinha de ser o exemplo para tudo. Se por um lado havia bastante cobrança, por outro isso me ajudou a formar o meu caráter, a assumir responsabilidades, a ler muito, avaliar as situações, pensar e agir como líder— fala.

Hoje Arthur é grato por todas as cobranças que recebeu e ele conta que mesmo assim escorregou na missão.

— Agradeço muito a cobrança que tive. Mas isso não quer dizer que nuca dei bola fora. Teve um evento, em Concórdia, que eu, uns amigos e umas amigas, simplesmente resolvemos ir visitar um local do parque, isso a noite. Quando o chefe pereceu (no caso meu pai) imagina o B.O que rolou. Foi nos buscar e nos disciplinou. Hoje lembro de maneira descontraída, mas no dia foi difícil. Lição aprendida—conta.

Perguntamos ao Arthur como ele é influenciado pelo escotismo, e ele conta que são muitas as formas e em muitas delas não é perceptível, mas por ser filho de chefes a cobrança aparenta ser maior.

— A influência acontece de inúmeras maneiras, e na maioria das vezes a gente nem percebe que é influência do escotismo, mas é. No meu caso, em minha família, sempre houve muita cobrança em tudo, é exigida muita responsabilidade, então no escotismo foi uma complementação. Fatores que, na minha opinião, ajudam muito: a disciplina, organização, vida em equipe, espírito de liderança, responsabilidade com as atividades e com o outro, formação de caráter e valores, dominar a ansiedade, saber se comunicar expondo as ideias, respeitar o todo, mesmo quando não te satisfaz, sorrir nas dificuldades, administrar o seu dinheiro e ter fé, independente de religião— destaca.

Após 12 anos de escotismo Arthur foi promovido a pioneiro, e ele diz que a sensação é satisfatória, por representa êxito em toda a sua trajetória como escoteiro.

— Sinto-me honrado, porque representa que minha caminhada no escotismo foi de êxito. Ao mesmo tempo desafiador. Iniciei como lobinho, fui Cruzeiro do Sul, na tropa escoteiro, fui Lis de Outro, na tropa Sênior, fui Escoteiro da Pátria e enquanto pioneiro preciso fazer o melhor representando pelo projeto de vida. Agora meu compromisso é com os jovens que precisam da minha ajuda e com a comunidade para qual tenho de praticar o lema “servir”. É um novo caminho pelo qual acho que vou fortalecer o meu próprio enquanto membro da fraternidade mundial e enquanto cidadão, filho e irmão dos demais. Nenhuma de minhas conquistas chegaram de maneira fácil, e por isso valorizo cada uma e agradeço minha família, chefes e irmãos de ideal. Espero ser o apoio quando eles precisarem. E por fim digo às crianças e jovens: tenham uma experiência escoteira, façam parte desse movimento. São muitos eventos, oportunidades, amigos do mundo todo e uma bagagem que vai te dar mais segurança na vida. Obrigado por esse espaço— finaliza.

O Lance Notícias conversou também com a chefe Cleusa, que disponibilizou uma nota sobre a medalha de 10 anos recebida pelo jovem. Confira a nota na íntegra:

 

Jovem que está a quase 12 no Grupo Escoteiro Áquila, de Xaxim, com registro ininterrupto no mesmo grupo, recebeu Medalha de Bons Serviços 10 Anos.

Chefe Nádia Foresti, fez a leitura dos atributos do jovem Arthur Varnier Frese que se despede do ramo sênior e inicia sua jornada como pioneiro. Na leitura destaque para atuações, eventos, trabalhos realizados em prol do grupo local e outros grupos e referência à atual participação na equipe de comunicação dos Escoteiros de SC.

Na rede social o jovem compartilha o mérito com os chefes que o acompanham na caminhada e os amigos do escotismo.

Parabéns e sucesso!

 

 

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