Estudantes do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Costa e Silva, em Xanxerê, realizaram uma atividade de recriação da “Caverna de Platão” para aproximar a filosofia do cotidiano. A proposta colocou os jovens em contato direto com a alegoria clássica, explorando suas implicações filosóficas e incentivando o pensamento crítico sobre percepção da realidade, busca de conhecimento e responsabilidade ao formar opinião.
Na dinâmica, os alunos encenaram papéis da narrativa — prisioneiros, sombras, a luz e o retorno ao convívio — e, em seguida, participaram de rodas de conversa orientadas por perguntas-chave: quais são as “sombras” que aceitamos sem questionar? existe uma verdade única ou cada pessoa habita sua própria “caverna”? de que modo é possível libertar-se dessas limitações?
O debate conectou o mito às situações atuais. Entre os exemplos citados como “sombras” do presente, apareceram informações fragmentadas nas redes sociais, boatos, estereótipos e opiniões repetidas sem verificação. Os grupos também discutiram a diferença entre uma realidade compartilhada — sustentada por evidências e critérios de checagem — e as interpretações pessoais, ressaltando a importância de confrontar certezas com dados e argumentos.
Como caminhos para “sair da caverna”, os estudantes apontaram hábitos de estudo, comparação de fontes, diálogo com perspectivas divergentes, autocorreção e abertura para rever posições. A atividade, segundo a organização, buscou transformar teoria em vivência e mostrar que a filosofia não está distante do dia a dia: ela orienta escolhas, melhora a qualidade do debate público e fortalece a autonomia intelectual.