Um projeto desenvolvido por alunos do CEJA (Centro de Educação de Jovens e Adultos) de Passos Maia está resgatando a história da cidade por meio das placas de ruas do bairro Nilde Bresciani. Intitulado “As Ruas Contam Histórias – A Memória de Passos Maia através das ruas do Bairro Nilde Bresciani”, o trabalho envolveu entrevistas, pesquisa de campo e atividades práticas para revelar quem foram as pessoas homenageadas nos nomes das vias e qual foi sua contribuição para o município.

As atividades começaram em abril e foram concluídas no último sábado, dia 19 de julho. Durante 12 semanas consecutivas, os alunos investigaram a origem dos nomes de 12 ruas do bairro, conversando com filhos, netos e viúvas dos antigos moradores. Todo o processo foi conduzido dentro das aulas da disciplina Pesquisa de Campo de Intervenção Local, unindo história, cultura e pesquisa.

“Uma das maneiras que encontrei de mostrar como se faz história foi mostrar que cada nome de rua em Passos Maia tem uma história por trás. Essas pessoas que hoje estão nas plaquinhas ajudaram a construir o município com seu suor e sangue”, afirmou o professor idealizador do projeto, que também é historiador.

A pesquisa envolveu também visitas a arquivos, produção de registros escritos e audiovisuais e, como encerramento, um momento simbólico: alunos, professores e comunidade fizeram uma caminhada noturna com lampiões e velas até a Linha Gruta, local de origem de muitos dos homenageados. A atividade, inspirada nos tradicionais “serões”, marcou o encerramento do projeto e emocionou os participantes.

“Este projeto busca tirar essas histórias do baú do esquecimento. O que aconteceu no passado entrou para a história de uma vez por todas. O que pode acontecer é ser esquecido — e é isso que estamos combatendo.”

Além do resgate histórico, o projeto reforça a missão do CEJA de conectar os conteúdos com a realidade dos estudantes, fortalecer a identidade local e promover o protagonismo por meio da valorização cultural.

O orçamento do projeto foi de R$ 650,00, aplicado em transporte, material de pesquisa, alimentação e divulgação. Agora, os resultados devem ser compartilhados com a comunidade por meio de uma exposição digital ou física.