Tudo começou em meados de 2015, quando um filhotinho chegou a uma clínica veterinária com cinomose, uma séria doença que se não tratada pode levar o animal portador a morte, ou deixa-lo com sérias sequelas neurológicas. Foi dessa forma que Cacau chegou a vida de Deize de Moura Carlesso. Deise trabalhava nesta época em uma […]
Tudo começou em meados de 2015, quando um filhotinho chegou a uma clínica veterinária com cinomose, uma séria doença que se não tratada pode levar o animal portador a morte, ou deixa-lo com sérias sequelas neurológicas.
Foi dessa forma que Cacau chegou a vida de Deize de Moura Carlesso.
Deise trabalhava nesta época em uma unidade de saúde, na cidade de Chapecó, onde conheceu Terezinha, que além de farmacêutica é protetora dos animais.
Foi Terezinha que teve acesso ao filhotinho doente, e que seria acabaria sendo sacrificado, quando pediu a Deise se ela não gostaria de adotá-lo.
– Eu sem nem esperar ela terminar a frase, disse sim – conta ela.
E o primeiro encontro foi emocionante.
– No mesmo dia passamos buscar a Cacolete no pet, e ao chegarmos lá meu coração ficou em pedaços. Uma doença maldita fazer um mal tão grande em um ser sem maldade alguma – diz.
A Cacau, como foi batizada, não andava direito, quando deitava sua cabeça continuava mexendo e fazendo com que ela batesse a boca o tempo todo no chão, e automaticamente sua língua estava sempre machucada.
– E devido aos distúrbios ela também ficava com a língua para fora o tempo todo – conta Deise.
Mas conforme nos relata Deise, foi amor à primeira vista.
– Tanto eu quanto minha irmã nos apaixonamos por aquele pequeno filhote indefeso – diz.
E assim, com ajuda profissional, os distúrbios começaram a ser tratados, muitos exames feitos e acompanhamentos periódicos, além de muito amor e carinho, Cacau segue firme e forte até hoje.
– Cacau tem até hoje crises convulsivas, chegou numa madrugada a ter 15 seguidas. Ela usa medicamentos controlados duas vezes ao dia e um vasodilatador cerebral. Mas tirando isso, nossa menina é travessa, gosta de pedir uma comidinha que não pode, gosta de brincar com seus irmãos, mas o mais forte dela é dormir, e se for no colo então, melhor ainda – comenta Deise.
Hoje Deise voltou a morar em Xanxerê, e precisou se separar da Cacau, que ficou em Chapecó com sua irmã, e o outro filhote que adoraram, o George.
– Não tive coragem de separar eles dois e muito menos tira-los do lado da minha irmã, que sempre esteve presente os momentos bons e ruins da nossa Cacau. Então eu pensei, melhor sofrer eu, do que eles – conta.
A guarda da Cacau é compartilhada e nos fins de semana eles vêm visitar Deise para matar as saudades.
– Graças a Deus e a excelente veterinária que cuida dela, Cacau tem uma vida normal, aliás normal não, a vida dela é de princesa – finaliza Deise.