Ocorrências

Elisa Tonini | 30/10/2025 13:38

30/10/2025 13:38

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Corretor é preso e tem atividades suspensas por suspeita de loteamento irregular em Xanxerê

Polícia Civil e Ministério Público apreendem documentos e eletrônicos em operação que apura desmatamento e venda ilegal de lotes na zona rural

Um corretor de imóveis suspeito de desmatar uma área rural de 29 mil metros quadrados para implantar um loteamento irregular em Xanxerê foi alvo de busca e apreensão e teve suas atividades suspensas pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI). A ação, realizada em conjunto pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), também resultou na prisão em flagrante do investigado por posse ilegal de munição.

O corretor é réu em um processo que o acusa de crimes ambientais e parcelamento irregular do solo. As buscas desta semana tiveram como objetivo reunir provas de que ele estaria descumprindo proibições administrativas e judiciais, dando continuidade ao desmatamento e à ampliação da área conhecida como “Loteamento Zatta”, também chamada de “Associação Bem Viver”, localizada na Linha Pesqueiro, zona rural do município.

De acordo com as investigações, o suspeito teria aberto ruas e dividido uma gleba rural em 130 lotes, comercializados sem autorização ambiental e sem infraestrutura adequada. Mesmo após o embargo das obras e o pagamento de fiança de R$ 1 milhão, ele teria persistido nas atividades ilegais. Uma fiscalização recente da Polícia Militar Ambiental constatou a ampliação da área degradada e a continuidade das vendas.

Durante o cumprimento do mandado, expedido pela Vara Regional de Garantias de Concórdia, foram apreendidos dois notebooks, diversos contratos de compra e venda de lotes e uma caixa com 45 munições calibre .380 sem registro. A Justiça também autorizou a quebra do sigilo telefônico e telemático do investigado, permitindo o acesso a dados que possam identificar compradores e outros possíveis envolvidos no esquema.

O promotor de Justiça Marcos Schlickmann Alberton alertou que o caso reforça a importância de cautela na aquisição de terrenos sem escritura pública. “Essas práticas fomentam loteamentos clandestinos, com danos ambientais e prejuízo ao desenvolvimento urbano regular, além de deixarem os compradores sem acesso a serviços públicos básicos”, destacou.

Fonte: Ministério Público de Santa Catarina (MPSC)

 

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