Saúde

Lance Notícias | 14/12/2023 05:57

14/12/2023 05:57

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Cuidado preventivo é a senha para garantir a ‘longevidade’ da visão

Conselho é do diretor da Santa Maria Instituto de Oftalmologia, Mário Corso, em alusão à passagem do dia de Santa Luzia Em alusão à passagem dessa quarta-feira (13), que marcou o martírio de Santa Luzia (cujo nome significa ‘Luz’, em italiano), a padroeira da visão, o médico oftalmologista e diretor da Santa Maria Instituto de […]

Conselho é do diretor da Santa Maria Instituto de Oftalmologia, Mário Corso, em alusão à passagem do dia de Santa Luzia

Em alusão à passagem dessa quarta-feira (13), que marcou o martírio de Santa Luzia (cujo nome significa ‘Luz’, em italiano), a padroeira da visão, o médico oftalmologista e diretor da Santa Maria Instituto de Oftalmologia, de Xanxerê, Mário Corso, ressalta a importância da consulta preventiva para que se descubra, com o máximo de antecedência, a existência de doenças sem sintomas prévios, para tratamento, ‘o mais cedo possível’

“Cada faixa etária tem uma diferença. Por exemplo, na primeira infância, é preciso fazer um exame geral para ver se a criança tem um bom sistema visual e funcional, o que pode ser atestado ainda no hospital. Isso pode ser feito em qualquer idade, do nascimento à idade mais adulta”, explica o médico.

Um dos exemplos de ‘doença silenciosa’, segundo Corso, é o retinoblastoma, espécie de tumor muito raro, que costuma surgir em crianças na faixa de um a três anos de idade. Quanto mais cedo o problema for detectado, maior a chance de cura.  “Também na faixa escolar, é bom verificar a qualidade de visão, a cada dois anos, e ao menor sinal de mudança na qualidade de visão avaliar se é uma doença ou também um problema de caráter refrativo, que é o desenvolvimento de uma miopia, astigmatismo ou hipermetropia. Quando uma criança desenvolve o estrabismo ou olho torto, isso representa um alerta que algo não está funcionando direito no sistema visual, deve ser examinado o mais cedo possível”, exemplifica.

Já na faixa de zero a 18 anos, o médico salienta que, “se a pessoa usa óculos, é importante fazer, a cada ano, um checkup, em especial, caso seja usuário de lente de contato, que deve ser orientado adaptação, avaliação e orientação do médico oftalmologista, para a lente mais adequada para o olho”.

Aumento da pressão ocular – No caso da faixa etária de 20 a 40 anos, o oftalmologista entende que uma consulta a cada dois anos é suficiente. Para identificar um glaucoma, doença que não apresenta sintoma algum, basta uma consulta, para observar “se ocorre o aumento da pressão ocular no nervo ótico, o que pode levar à cegueira em pouco tempo”. Nessa situação, Corso entende ser preciso acompanhamento anual ou com mais frequência, tendo em vista ‘regular a pressão ocular mediante o uso de medicamentos ou uma cirurgia, em alguns casos’.

Para aqueles que possuem diabetes – doença que pode causar hemorragia ocular – a recomendação do médico é no sentido de refazer, todos os anos, o exame do fundo do olho. Pacientes com tal enfermidade, acrescenta ele, devem praticar, sob orientação médica, algum tipo de atividade física. Para a faixa acima dos 70 anos, Corso aponta a elevação do risco de  desenvolvimento de glaucoma e catarata, ‘o que pode exigir uma cirurgia o mais breve possível’.

Ao lembrar que se deve evitar consultas do ‘tipo barato que sai caro’, para colocação de óculos, Corso elenca os casos de crianças que podem apresentar algum problema visual.

“A criança que esfrega muito o olho, ela pode estar com problema visual; assim como aquela que se aproxima demais da tevê para ver a imagem, que se chama de patologia de refração ou a que aperta demais os olhos para enxergar; a que lacrimeja com frequência, o que pode ser sinal de obstrução de canal lacrimal, o que pode ser indício de glaucoma e que deve ser resolvido até um ano de idade”, ilustra.

Perda de concentração – Nesse rol de possibilidades, o especialista lembra a situação “em que a criança sente muita dor de cabeça ou que não consegue se concentrar muito tempo numa leitura, o que pode ser uma hipermetropia, que requer maior esforço na visão de perto. Sem contar quando o olho continua vermelho, de um dia para o outro, que é sinal de alguma patologia ocular, assim como secreção ocular; estrabismo também”.

Outras preocupações do doutor se reportam ao período de até cinco anos de idade da criança, que passa a ser muito ativa. “Deve haver cuidado de manter distante dela produtos de limpeza, que são ácidos, porque pode sujeitar a criança a queimaduras graves. O mesmo vale para evitar o acesso dos pequenos a qualquer produto químico, desodorante, sem esquecer objetos pontiagudos que sejam cortantes, como garfo, faca ou ainda lápis”, alerta.

Fora os cuidados constantes com os pequenos, em geral, Corso destaca que o excesso de bebida alcoólica pode desenvolver uma neuropatia ótica alcoólica, que causa cegueira. De igual forma, ele lembra que alimentação em excesso pode aumentar o nível de colesterol e de triglicerídeos, levando à doença ‘ateromatose’, mais conhecida como ateriosclerose, indutor do diabetes, uma vez que o pâncreas fica impedido de produzir insulina suficiente para equilibrar o excesso de açúcar no sangue, levando à hemorragia no olho.  “O ideal é ter uma alimentação variada, com frutas e verduras à vontade”, finaliza.

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