Retratado por meio do Rap, o curta usa rimas e declamações para contar sua trajetória.
Um curta-metragem inovador está em produção em Xanxerê, trazendo para o audiovisual a história da Associação Cultural Maria Rosa. Com 34 anos de atuação, a entidade será retratada por meio do Rap, estilo musical característico do movimento Hip-Hop, utilizando rimas e declamações para contar sua trajetória de luta e resistência no cenário cultural da cidade.
O projeto é baseado em pesquisas detalhadas em jornais antigos, atas, registros e entrevistas com pessoas que participaram da Associação ao longo dos anos. A proposta busca não apenas documentar a história, mas também provocar reflexões sobre as dificuldades e conquistas do meio artístico-cultural local.
A produção tem um caráter comunitário, com participação voluntária de atores selecionados na oficina de teatro do Coletivo Abarca, além de três convidados da APAE de Xanxerê. O curta será estruturado como uma narrativa rimada, resgatando memórias e vivências de artistas e agentes culturais que contribuíram para a resistência da Associação ao longo do tempo.
O estilo Rap é amplamente reconhecido como uma ferramenta de crítica social e expressão artística da juventude, permitindo uma leitura contundente da sociedade. O filme abordará temas como as dificuldades enfrentadas pelos artistas locais, as violências sociais e as transformações urbanas que marcaram Xanxerê.
Além de contar a história da Associação Maria Rosa, o curta pretende reforçar a importância da democratização do acesso à cultura, valorizando a identidade local e fomentando o senso de pertencimento da população. A obra também discutirá as fragilidades e potencialidades do meio artístico da cidade, estimulando uma nova percepção sobre a cultura popular e seu papel no desenvolvimento social e econômico.
O projeto é viabilizado por meio da Lei Paulo Gustavo (nº 001/2024 – Audiovisual) e promete ser uma importante contribuição para a preservação da memória cultural de Xanxerê.