Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla destaca necessidade de políticas públicas
Em 30 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, uma doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central. A data, instituída pela Lei nº 11.303/2006, tem como objetivo alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, além de dar visibilidade à condição e seus desafios.
A esclerose múltipla ocorre quando o sistema imunológico ataca a mielina, substância que protege as fibras nervosas. Isso provoca inflamação e danos que resultam em interrupções na comunicação entre as células nervosas, causando sintomas como fadiga, distúrbios visuais, fraqueza muscular, desequilíbrio, e dificuldades para articular a fala e engolir, entre outros.
Estima-se que a doença afete mais de 2,8 milhões de pessoas no mundo, com cerca de 40 mil casos no Brasil. A esclerose múltipla atinge principalmente adultos jovens, entre 20 e 40 anos, com uma predominância em mulheres.
Os principais métodos de diagnóstico incluem ressonância magnética e coleta de líquor, além de exames laboratoriais para afastar outras condições com sintomas semelhantes. Embora a esclerose múltipla não tenha cura, tratamentos medicamentosos podem reduzir a atividade inflamatória e a ocorrência de surtos, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Recentemente, o Senado aprovou um projeto de lei que prevê a oferta, pelo SUS, de medicamentos e equipamentos essenciais para pessoas com paralisia motora causada por doenças neuromusculares, como a esclerose múltipla. A proposta (PLC 42/2017) segue agora para a Câmara dos Deputados.
A campanha de conscientização busca informar a população sobre os sinais iniciais da doença, combater o estigma enfrentado pelos pacientes, apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes, e promover políticas públicas que garantam melhor acesso ao tratamento e cuidados.
A esclerose múltipla apresenta três formas principais: a remitente-recorrente, que é a mais comum; a primária progressiva, caracterizada pelo desenvolvimento progressivo dos sintomas; e a secundária progressiva, que começa com surtos seguidos de progressão da doença.
Recomenda-se que os pacientes mantenham a prática de exercícios físicos e sigam tratamentos fisioterápicos para melhorar a musculatura e reeducar os músculos que controlam a eliminação de fezes e urina. Nas crises agudas, é aconselhado o repouso.
A conscientização sobre a esclerose múltipla é fundamental para garantir que os pacientes recebam o apoio necessário e para incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de novos tratamentos.