Nesta segunda-feira (19), o Brasil celebra o Dia Nacional do Ciclista, uma data marcada por significados profundos que envolvem tanto a conscientização sobre a segurança no trânsito quanto o incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte sustentável e acessível.

A comemoração, instituída pela Lei 13.508/2018, homenageia o ciclista e biólogo Pedro Davison, que foi atropelado por um motorista embriagado em Brasília no ano de 2006. A tragédia que tirou a vida de Davison se transformou em um símbolo de luta por mais respeito e segurança nas vias urbanas.

Nos últimos anos, a bicicleta tem ganhado ainda mais espaço no dia a dia dos brasileiros. Esse movimento foi impulsionado pela pandemia da Covid-19, que trouxe a necessidade de distanciamento social, e pelo aumento dos preços dos combustíveis, o que fez muitas pessoas procurarem alternativas mais econômicas e ecológicas para seus deslocamentos. Para muitos, pedalar se tornou uma solução prática e viável para fugir do trânsito caótico e reduzir o impacto ambiental.

Além dos benefícios econômicos e ambientais, o ciclismo também tem um impacto direto na saúde física. A prática regular de pedalar é associada à redução do risco de doenças cardiovasculares, controle da diabetes, melhora da coordenação motora, fortalecimento muscular, controle da pressão arterial e até mesmo a perda de peso. Ao mesmo tempo, é uma atividade de baixo impacto nas articulações, tornando-se acessível para diferentes faixas etárias e condições físicas.

Entretanto, mesmo com tantos benefícios, a segurança dos ciclistas ainda é uma preocupação latente. O Dia Nacional do Ciclista surge também como um momento de reflexão sobre as atitudes no trânsito, buscando conscientizar motoristas sobre a importância de respeitar aqueles que optam pela bicicleta como meio de transporte. A convivência pacífica e segura entre carros, bicicletas e pedestres é fundamental para a construção de cidades mais humanas e sustentáveis.

A data também é um chamado para a sociedade e para as autoridades públicas em prol da criação de mais ciclovias, políticas públicas de incentivo ao ciclismo e campanhas educativas que promovam o respeito e a segurança nas vias. Afinal, a bicicleta não é apenas uma alternativa ao transporte tradicional, mas também uma ferramenta poderosa para a saúde, a preservação ambiental e a construção de um trânsito mais seguro para todos.