Ficar em isolamento social não é uma tarefa fácil para todos, principalmente para quem é uma pessoa ativa e sempre teve uma rotina corrida. Assim, buscam-se ideias e atividades para entreter o tempo e fazê-lo passar mais ameno. Foi dessa forma que o professor Ulisses Junior Longhi começou a utilizar suas redes sociais para descrever […]
Ficar em isolamento social não é uma tarefa fácil para todos, principalmente para quem é uma pessoa ativa e sempre teve uma rotina corrida.
Assim, buscam-se ideias e atividades para entreter o tempo e fazê-lo passar mais ameno.
Foi dessa forma que o professor Ulisses Junior Longhi começou a utilizar suas redes sociais para descrever seus dias de isolamento.
Em entrevista ao Lance Notícias, ele contou o que o motivou a fazer o Diário da Pandemia.
– Comecei a ficar confinado por causa do trabalho, com a suspensão das minhas atividades como professor, e os dias começaram a ficar muito chatos. Primeiro dia foi só de televisão e notícias ruins, e assim o segundo dia, terceiro dia, até que no quinto eu precisei ir ao mercado, e nessa passagem pelas ruas, eu observei uma mãe com seus filhos brincando, e a mãe chamou a atenção das crianças para que não tocassem em nada – lembra.
Foi isso que chamou sua atenção, e pensou então em escrever algo sobre esse seu passeio.
– Escrevi então a primeira postagem, e ficou legal, muitos dos meus seguidores do Facebook interagiram comigo, e pensei em continuar escrevendo, todo dia um pouco, formando assim meu diário – conta.
E a ideia deu certo, conforme ele conta, a primeira postagem teve cerca de 12 linhas, a segunda com 16 linhas e outra temática, e assim por diante. Até chegar o momento que os assuntos ficaram tão abrangentes que se transformaram em crônicas.
– Começou efetivamente como um diário, ou seja, eu contava como era o meu dia, mas com o passar do tempo ele avançou, e de diário eu digo que se tornou uma crônica – diz.
E os assuntos são os mais abrangentes, desde cuidados com o próximo, recordações de infância, passatempos, convivência com familiares, entre tantos, e ao final, Ulisses sempre faz uma indicação de leitura.
– Começou no quinto dia, estamos hoje no 48º dia e minha ideia é continuar. Eu não sei quando vou parar – conta.
E tem inclusive sugestões dos meus leitores, para transformar suas crônicas em um livro, algo que certamente será realizado quando isso tudo passar.