A fotografia tem a função de eternizar acontecimentos. Em Xanxerê, quando se fala em fotografia não demora muito para citar o nome do saudoso Ivo Zolet. Ele faleceu aos 82 anos no ano de 2017, mas o livro “Ivo Zolet – fotografia, história e memórias”, mantêm o seu trabalho e vida em evidência. É baseado […]
A fotografia tem a função de eternizar acontecimentos. Em Xanxerê, quando se fala em fotografia não demora muito para citar o nome do saudoso Ivo Zolet. Ele faleceu aos 82 anos no ano de 2017, mas o livro “Ivo Zolet – fotografia, história e memórias”, mantêm o seu trabalho e vida em evidência.
É baseado no livro, escrito por Neri de Paula, que produziremos essa reportagem. Já fica a indicação de leitura na íntegra (o livro está disponível na Biblioteca Municipal). Zolet chegou em Xanxerê no final dos anos 50 e fotografou toda a história do município, os marcos – que você verá na sequência – , tem no seu acervo mais de 58 mil fotos digitalizadas.
Os primeiros povos a viver no Oeste catarinense foram os indígenas Kaingang oriundos da região de Guaíba no oeste do Paraná e Guaranis, fugidos de São Miguel das Missões. O nome do município vem do Kaingang e lê-se “Xã-Xã-Erê”, remetendo ao som dos guizos da cobra cascavel e “Erê” sendo campo, campina, então a definição fica “Campina da Cascavel”.
Na década de 1940 começam a surgir as primeiras ruas e todas as casas e casarões em madeira. Também foi neste ano que aconteceu uma manifestação política em prol da criação do município de Xanxerê.
As construções foram se intensificando e o que movimentava a economia local eram as madeireiras. Na década de 1960, existia o casarão da Família Calleffi que abrigava o “Dormitório Familiar”, localizado na Rua Independência, a casa tinha quatro portas, uma ao lado da outra.
Em 1960, durante a Festa do Padroeiro Senhor Bom Jesus, a comunidade foi surpreendida por um grande incêndio que atingiu casarões de madeira bem no centro, o fogo atingiu o Hotel e Café Ferronatto, a rodoviária, o Hotel D’Oeste.
As enchentes também castigavam Xanxerê. Em 1960, uma inundação deixou parte da cidade parecida com Veneza, o local, hoje leva o nome de Bairro Veneza. Quando chovia, era comum o Rio Xanxerê transbordar e inundar a cidade.
O ano de 1960 também marcou a nevasca que atingiu o município.
O livro é incrível com muita riqueza de detalhes e conta cada momento sobre o desenvolvimento de Xanxerê.