A citricultura de Xanxerê vive um momento crítico. O município está entre os sete do Extremo-Oeste de Santa Catarina com foco confirmado de greening, doença bacteriana altamente contagiosa que compromete o desenvolvimento dos frutos e pode dizimar plantações inteiras. A Cidasc intensificou as medidas de vigilância e cobra ações rigorosas por parte dos produtores locais.
O greening, também conhecido como huanglongbing (HLB) ou “amarelão”, é uma das doenças mais destrutivas que afetam as plantas cítricas, como laranjeiras, limoeiros e tangerineiras. A doença é transmitida por um inseto chamado psilídeo (Diaphorina citri), que se alimenta da seiva das plantas e dissemina o agente infeccioso. Os principais sintomas do greening incluem o amarelamento irregular das folhas, frutos pequenos, deformados e com sabor amargo, além da queda precoce dos frutos e redução acentuada da produtividade. Com o avanço da doença, a planta pode secar completamente e morrer.

Planta afetada, foto: CIDASC
Causado pela bactéria Candidatus liberibacter asiaticus e transmitido pelo psilídeo Diaphorina citri, o greening — também chamado de huanglongbing — manifesta-se com folhas opacas, frutos deformados e sementes falhadas. Sem tratamento possível, a erradicação das plantas contaminadas é a única forma de impedir o avanço da praga.
Para os produtores de Xanxerê, a Cidasc reforça a obrigação de realizar inspeções periódicas nos pomares, monitorar o inseto vetor com armadilhas adesivas e apresentar relatórios técnicos semestrais. O descumprimento dessas medidas pode comprometer toda a cadeia produtiva local.
Outro alerta importante está na origem das mudas. Desde 2013, Santa Catarina autoriza a produção de mudas cítricas apenas em viveiros protegidos, especialmente no Alto Vale do Itajaí. A compra de mudas deve ser feita exclusivamente em estabelecimentos registrados no Renasem e Recsem/Cidasc, evitando o risco de introdução da praga por vias clandestinas.
Com a citricultura local ameaçada, a Cidasc reforça que o combate ao greening depende do engajamento coletivo dos produtores, que têm papel central na preservação da sanidade vegetal da região.

Fruto afetado, foto: CIDASC

Folha afetada, foto: CIDASC

Fruto afetado, foto: CIDASC

Fruto afetado, foto: CIDASC