Há muito tempo, a rádio está presente na vida das pessoas. Ela já acompanhou acontecimentos históricos e também é a vida do radialista de Xanxerê, Sidney Debastiani, mais conhecido como Bucha. Em entrevista com o Lance Notícias ele contou um pouco mais sobre a sua trajetória e em como ele iniciou na rádio. – Eu comecei […]
Há muito tempo, a rádio está presente na vida das pessoas. Ela já acompanhou acontecimentos históricos e também é a vida do radialista de Xanxerê, Sidney Debastiani, mais conhecido como Bucha. Em entrevista com o Lance Notícias ele contou um pouco mais sobre a sua trajetória e em como ele iniciou na rádio.
– Eu comecei a trabalhar na rádio em dezembro de 1979, e logo depois tive minha carteira assinada na Rádio Cultura de Xaxim. Quando fui para o Seminário Franciscano, ouvi na rádio que eles estavam fazendo teste para operador de áudio, quando cheguei lá tinha uma fila muito grande e no fim eu fui o único chamado. Antes disso, eu também já tinha trabalhado com som, já falava super bem e sempre gostei de música, então acabei juntando esses gostos e me tornei radialista – relembra.
Durante o caminho, Bucha enfrentou alguns desafios, ele não tinha muito tempo para aprender na época, precisou aprender como fazer sonoplastia em três dias. Os comerciais eram gravados em fitas cassetes, era necessário ter habilidade para tirar e colocar fitas com a rádio no ar.
– Era muito difícil, muitas vezes eu aprendia chorando de raiva, com os outros brigando comigo, tinha que ser muito rápido e ágil, mas graças a Deus, deu certo – explica.
Além da rádio, Bucha desde cedo sempre foi ligado a música e tocava em bandas de percussão.
– O meu sonho além do rádio era montar minha própria banda, ter a felicidade de ensinar os outros. Tanto que quando eu fui para o Seminário Franciscano, eu levei todo conhecimento que eu tinha pra lá, até que um dia, o Frei que era responsável pegou um gravador, nós fomos para sacada e ele me gravava fazendo às batidas, as mesmas que eu acabei introduzindo na banda depois. Quando nós fomos fazer a apresentação no dia 25 de agosto, eu cuidava da parte da percussão e o Frei Tarcisio cuidava da parte dos metais, então ali foi o momento que eu senti que poderia comandar uma banda. O rádio por si só não comporta a parte financeira de você trabalhar somente com isso, portanto era necessário buscar outra forma de se manter – revela.
Todo mundo se pergunta de onde veio o nome Bucha, um personagem que surgiu quando abriu a Rádio Difusora, criado pelo próprio Sidney.
– Como eu tinha o programa, era uma forma da gente descobrir como estava a audiência. O linguajar Bucha estava em alta, era um dizer que o pessoal tinha e eu comecei a utilizar. Além de que, o personagem foi se modernizando, de “Compadre Pura Bucha” foi para “Pura Bucha” e depois ficou só “Bucha” devido ao meu tamanho, por ser alto acabou ficando “Buchinha” e assim vai, então tudo que eu fazia virava Bucha – detalha.
O programa do Bucha foi criado para ajudar e divertir às pessoas em todos os momentos. É um programa que traz informações sérias, receitas culinárias para donas de casa, receitas de limpeza, às vezes piadas ou uma junção de todos os assuntos ao mesmo tempo. Como por exemplo, o Cupido do Bucha, Banda do Bucha, Bailão do Bucha, etc.
– Cada vez mais o Bucha cresce através da rádio e da banda, principalmente aqui em Santa Catarina no ramo musical. Somos respeitados de uma maneira muito grande. Inclusive, já recebemos convite até do Uruguai para ficar de uma semana a 15 dias, o que mostra a nossa importância como banda. O Programa do Bucha é o único programa totalmente desprogramado do rádio brasileiro, eu não tenho nada programado, além dos horários de inicio e fim. Então, essa frase eu vou usar sempre comigo, é o único programa desprogramado, e se programar não dá certo. Tem que ser no improviso, essa é uma característica do Bucha – conclui.