A dúvida já começa aqui, Marcela ou Macela? Na verdade, os dois nomes estão corretos. Trata-se de uma planta da espécie Achyrocline Satureioides que costuma aparecer durante o outono, entre março e maio. Período que coincide com a querida Páscoa. Ela é acompanhada de uma grande tradição. Sua colheita é realizada na Sexta-Feira Santa, antes […]
A dúvida já começa aqui, Marcela ou Macela? Na verdade, os dois nomes estão corretos. Trata-se de uma planta da espécie Achyrocline Satureioides que costuma aparecer durante o outono, entre março e maio. Período que coincide com a querida Páscoa.
Ela é acompanhada de uma grande tradição. Sua colheita é realizada na Sexta-Feira Santa, antes do sol nascer, pois, acredita-se que assim o seu chá se torna mais eficiente. Os fiéis acreditam que o orvalho que cai sobre os arbustos na sexta-feira que antecede a Páscoa faz com que a planta seja abençoada, podendo causar até curas milagrosas.
Seu chá é medicinal e é usado como analgésico, anti-inflamatório e digestivo. Muitos catarinenses seguem essa tradição à risca e continuam acordando cedinho para colher a planta. A dona Cladir Chechi de Ribas, de 70 anos, moradora do interior de Abelardo Luz, já está na expectativa para colher Marcela nessa Sexta-feira Santa.
– Minha mãe me passou essa tradição, desde pequeninha nós somos acostumados à colher Marcela, fez parte da nossa infância e hoje os meus filhos também seguem esse costume. O chá é muito bom para várias coisas, como dor de barriga, dor de cabeça, azia e também para passar nas feridas. Eu acordo 6h30 e já vou direto colher – conta.
É importante lembrar que a colheita de Marcela nas beiras de estrada pode ser perigosa, afinal os carros que passam pelo asfalto liberam monóxido de carbono e esse princípio ativo após liberado fica concentrado na planta. É indicado evitar a colheita de Marcela nessas condições.