Andressa Chagas de 26 anos, conta que desde criança foi muito focada nos estudos. O sonho dela era fazer uma faculdade. Com 16 anos, ela teve o primeiro contato com a Agricultura, por intermédio de um estágio na CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina). Em 2014, com 17 anos, Andressa entrou na […]
Andressa Chagas de 26 anos, conta que desde criança foi muito focada nos estudos. O sonho dela era fazer uma faculdade.
Com 16 anos, ela teve o primeiro contato com a Agricultura, por intermédio de um estágio na CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).
Em 2014, com 17 anos, Andressa entrou na Universidade com a nota do ENEM e se encaixando no Programa PROUNI. E em 2019 ela se formou no curso de Agronomia.
A engenheira agrônoma nos conta que esteve envolvida em muitos estágios e projetos de pesquisas no laboratório da Universidade. Foi quando ela decidiu que faria também o mestrado, e se inscreveu em dois cursos. Sendo eles na UFGD (universidade Federal da Grande Dourados) que fica no Mato Grosso do Sul e UFPR (Universidade Federal do Paraná).
Andressa foi selecionada para as duas e escolheu a UFGD. A entrevistada explica o motivo da sua decisão de ir para Dourados.
—Eu via aquelas cenas na televisão. Aquelas fazendas enormes na internet. Eu sempre sonhei muito alto. E me via trabalhando nesses lugares. Era o meu sonho, era o que eu queria pra mim. Eu sabia que aqui tinha um mundo de oportunidades. Muito mais oportunidades na minha área do que de onde eu vim—conta.
A agrônoma começou o mestrado em 2019 e concluiu em 2022, atrasou por causa da pandemia. Foi quando foi contratada na ICL que é uma empresa multinacional fundada em Israel, que tem o foco em fertilizantes.
Após 1 ano, Andressa foi promovida pra CDM que é Consultora de Desenvolvimento de Mercado. O detalhe é que a vaga era pra morar em Vilhena, pra atender Rondônia e o Vale do Guaporé que fica no Oeste do Mato Grosso. Aí começou um novo desafio: mudar de estado, ir para ainda mais longe.
—Eu tenho plena consciência que é no desafio que a gente cresce e desenvolve—comenta
Hoje, Andressa atua no departamento técnico da empresa. Com foco nos protocolos de pesquisas e eventos. Da suporte para o time de vendas. Trabalha de forma híbrida. Alguns dias no escritório e outros dias no campo.
—Por exemplo, hoje, estou acompanhando a colheita. De manhã eu viajei pra chegar na fazenda e estou aqui até agora. Não tem um horário fixo, porque no campo as coisas não tem um cronograma. Às vezes, nos programamos para colher, e chove. Às vezes, vamos fazer uma aplicação e as condições do tempo não estão ideais e tem que esperar o entardecer ou de manhãzinha. É muito dinâmico porque depende muito dos fatores externos. — Explica
Na vida agro, a Engenheira pode contemplar diariamente experiências incríveis, daquelas que ela assistia na televisão quando criança.
Ela nos mostra a foto do Pôr do Sol e conta:
—Foi o mais lindo que eu já vi. Não parecida verdade. Eu parei o carro no meio da estrada pra registrar—detalha.
Como ela atua muito no campo, o contato com a natureza proporciona essas experiências.
—As paisagens sempre mudam. É um escritório novo a cada dia. Você conhece lugares e animais diferentes. Essa é a parte que eu mais amo, inclusive. Não tem monotonia — conta
Como qualquer outra mulher, naturalmente Andressa por muitas vezes sentiu medo, solidão, saudades da família. Mas com sua história ela mostra que o lugar da mulher, é onde ela quiser.
– Não posso dizer que nunca senti medo. Eu tive vários medos, mas enfrentei, não deixei isso me paralisar e desistir dos meus sonhos – finaliza.
Parabéns a todas as mulheres que independente do que faz, faz por amor. Feliz dia da mulher!