Em entrevista exclusiva ao Oeste Mais, a autora da facada que provocou a morte da jovem Pamela Marina na última terça-feira, dia 3, em Faxinal dos Guedes, disse que era ameaçada pela vítima. A identidade da mulher não vai ser divulgada, mas ela relatou à redação que há bastante tempo recebia ameaças de Pamela pelas redes sociais, além de […]
Em entrevista exclusiva ao Oeste Mais, a autora da facada que provocou a morte da jovem Pamela Marina na última terça-feira, dia 3, em Faxinal dos Guedes, disse que era ameaçada pela vítima.
A identidade da mulher não vai ser divulgada, mas ela relatou à redação que há bastante tempo recebia ameaças de Pamela pelas redes sociais, além de ser perseguida na rua pela jovem. O motivo seria ciúmes do atual companheiro da autora, que já tinha se envolvido com a vítima.
Diferente do que foi divulgado em matérias anteriores, conforme relatos de testemunhas, a mulher contou que Pamela teria procurado por ela no dia do crime e que câmeras de segurança das proximidades – já entregues à polícia para investigação – podem provar a situação.
O Oeste Mais conversou com a autora por um chat em um perfil pessoal dela nas redes sociais. A mulher, que tem 23 anos, disse que pretende se apresentar à polícia, mas não informou quando.
Como tudo aconteceu
Pamela e a autora se conheceram através das redes sociais, mas nunca tinham tido contato uma com a outra. A mulher acabou descobrindo que Pamela já tinha se envolvido com o marido dela quando ele era solteiro, e logo desfez a amizade com ela na internet. Porém, em algumas ocasiões, acabaram se esbarrando na casa de conhecidos e os xingamentos começaram, segundo a autora, por parte de Pamela.
– Recentemente meu marido acabou sendo preso, eu fiquei e ainda estou muito abalada com a prisão dele, na mesma semana que foi preso voltei pra minha casa em Faxinal pra correr atrás da papelada dele, no outro dia pela manhã ouvi alguém chamar minha cunhada na frente da minha casa, saí pra fora e era ela, falei que ela não tinha vergonha na cara de ir lá, ela tava com uma amiga dela e começamos discutir (sic) – diz.
Através de prints expostos nas redes sociais, a mulher mostra conversas que teve com Pamela dias antes do crime e em outras oportunidades, onde recebia xingamentos e ameaças até de morte.
Dia do crime
O caso ocorreu no último sábado, dia 31, véspera de Ano Novo, no bairro João José Gehlen, na saída para o distrito de Barra Grande, em Faxinal dos Guedes.
Segundo a autora, por volta do meio-dia, Pamela apareceu na casa da cunhada da autora, que tomava chimarrão na companhia da parente e dos sobrinhos pequenos.
– Ela chegou e cumprimentou todos daí fiquei olhando pra ela. Ela pediu porque eu estava olhando, porque ela não gostava que ficassem encarando ela. Eu falei pra ela que ela tava falando pra todo mundo que eu baixava a cabeça quando passava por ela e não ia baixar a cabeça novamente – diz.
A mulher disse que “perdeu a cabeça” quando soube que Pamela teria ficado responsável pelos filhos dela enquanto estava fora.
– Levantei da cadeira e fui pra cima dela, tentaram me segurar, mas ela me chamava pra sair pra fora até que me soltaram. Ela falou que ia me dar uma pedrada e foi indo pra beira da rua pegar, quando ela viu que eu estava perto, veio pra cima de mim e segurou minha mão direita e me deu um tapa no rosto, e como sou canhota, na mesma hora que me acertou o tapa, eu acabei acertando ela também com um canivete (sic) – detalha.
A suspeita disse não ter notado sangue nas roupas da jovem e nem na arma usada para atacá-la. Apenas percebeu que Pamela colocou a mão na barriga e caminhou de volta para casa, no mesmo bairro.
– Foi andando pra casa, disse que voltaria, voltei e sentei na área [da casa] da minha cunhada onde eu estava e fiquei esperando, pensei que ia voltar mesmo – conta.
Após a chegada da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, Pamela foi levada em estado grave ao Hospital Regional São Paulo (HRSP), em Xanxerê, e permaneceu internada na UTI até a madrugada de terça-feira, dia 3, quando morreu.
Informações do Oeste Mais