Localizado entre os municípios de Campos Novos e Passos Maia, o Parque Nacional das Araucárias é uma das mais importantes unidades de conservação de Santa Catarina. Criado em 2005, o parque ocupa uma área de mais de 12 mil hectares e tem como principal objetivo preservar os ecossistemas da Floresta Ombrófila Mista, conhecida também como Mata com Araucárias — um dos biomas mais ricos e ameaçados do Sul do Brasil.

A vegetação do parque é marcada pela presença imponente da Araucaria angustifolia, símbolo do Paraná e de Santa Catarina, árvore que pode ultrapassar 40 metros de altura e viver por mais de 300 anos. Além das araucárias, há uma grande variedade de espécies típicas das florestas de altitude, como imbuias, cedros, canelas, erva-mate, xaxins e uma vasta diversidade de orquídeas e bromélias.
Essa rica flora forma um ecossistema essencial para a manutenção do solo, da qualidade da água e do clima local, além de servir de abrigo e alimento para inúmeras espécies de animais.

O Parque Nacional das Araucárias abriga uma fauna diversificada, com mamíferos, aves, répteis e anfíbios característicos do sul do Brasil. Entre as espécies mais emblemáticas estão o puma (onça-parda), o gato-do-mato, o tamanduá-mirim, o tateto, o veado-campeiro, além de aves como o papagaio-charão, gralha-azul, pica-pau-rei, tucano-de-bico-verde e o araponga, conhecido pelo seu canto metálico.
Muitas dessas espécies estão ameaçadas de extinção, e o parque representa um refúgio essencial para sua reprodução e sobrevivência.

A preservação do Parque Nacional das Araucárias vai muito além da beleza natural. Ele desempenha um papel fundamental na proteção das nascentes e rios, contribuindo para o abastecimento de água das comunidades vizinhas e para o equilíbrio climático regional.
O parque também é um espaço de pesquisa científica, educação ambiental e ecoturismo controlado, incentivando o contato consciente com a natureza e o reconhecimento da importância da conservação ambiental.

Ao proteger a floresta com araucárias e seus habitantes, o parque mantém viva uma parte essencial da história natural e cultural de Santa Catarina. Preservar esse território é garantir que futuras gerações possam continuar conhecendo e se encantando com a riqueza da biodiversidade do Planalto Catarinense.