Arrancar sorrisos de quem está no ambiente hospitalar. A tarefa parece simples, mas por trás da fantasia colorida, rosto pintado e acessórios, existe uma missão ainda mais nobre: levar conforto, serenidade, amor e alegria para pacientes, acompanhantes e colaboradores do Hospital Regional São Paulo (HRSP). Os autores dessa tarefa, são voluntários – homens e mulheres com diferentes profissões, mas que fantasiados, se tornam integrantes do Plantão Palhaço – um dos projetos de humanização do HRSP.

O projeto Plantão Palhaço iniciou em 2009. Atualmente a iniciativa conta com aproximadamente 30 voluntários, entre eles colaboradores do HRSP e voluntários da sociedade. As visitas no hospital ocorrem semanalmente, no início da noite, com grupos de três ou quatro pessoas. Um dos grupos que atuou no mês de dezembro foi integrado por Eni Brunetto (dona de casa), Diesika Bertan (que atua como Auxiliar Financeiro do HRSP) e Renato Brunetto (agricultor).

Eni Brunetto é voluntária do Plantão Palhaço há três anos.

– Eu conheci o projeto durante o tempo que fiquei acompanhando minha mãe que esteve internada por vários dias. A experiência me marcou muito. Era muito bom receber os palhaços, pois já estávamos há dias no hospital e eles traziam alegria e isso nos motivava. A palavra que tenho, sobre aquele período, é gratidão e com base nesse sentimento, hoje estou aqui, retribuindo aquele amparo recebido – explica a voluntária.

Renato é voluntário há seis anos e revela que se arrepende em não ter se voluntariado antes do projeto.

– Se eu conseguir arrancar um sorriso, a missão já está cumprida – afirma.

Diesika atua no Plantão Palhaço há cinco anos e garante:

– É muito gratificante fazer esse trabalho. Conseguimos transmitir alegria, amor e compaixão para quem está aqui internado – avalia a voluntária.

Fabíula Cichelero, Gerente de Atendimento do HRSP e coordenadora do projeto, explica que anualmente o hospital faz uma seleção de interessados em atuar como voluntários no Plantão Palhaço.

– Dentre os critérios, é necessário ter mais de 18 anos; estar com o calendário vacinal em dia; se identificar com o ambiente hospitalar e com o espírito voluntariado. Esse é um trabalho muito nobre de doação e comprovadamente faz a diferença na vida de quem está no ambiente hospitalar. Durante o auge da pandemia, as atividades foram suspensas, mas no último ano a iniciativa foi retomada e neste ano deveremos fazer uma nova chamada de voluntários e uma capacitação para interessados em atuar –  finaliza Fabíula.