Tecnologia permite disparos consecutivos de até dez dardos com alcance de quase 14 metros, oferecendo resposta eficiente em situações de alto risco
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina passa a utilizar, a partir desta semana, o Taser 10, um novo modelo de arma de condução elétrica que representa um avanço significativo em segurança operacional.
O equipamento dispara dardos eletrificados que provocam paralisia temporária, imobilizando o agressor por alguns segundos e possibilitando contenção segura.
Ao todo, 64 dispositivos foram distribuídos para unidades operacionais em todo o estado. A iniciativa faz parte de uma aquisição nacional de R$ 24 milhões que disponibilizou 1.340 unidades do novo modelo às bases da PRF em todo o Brasil.
A corporação é uma das pioneiras no país no uso de tecnologias voltadas à preservação da vida e à redução de riscos em ocorrências policiais.
Mais potência e alcance
O Taser 10 se destaca por sua capacidade de realizar até dez disparos em sequência, sem necessidade de recarga, e por alcançar alvos a até 13,7 metros de distância.
Trata-se de um avanço expressivo em relação ao modelo anterior, que permitia apenas um disparo por vez e tinha alcance máximo de cerca de 7 metros.
A maior distância de atuação proporciona mais segurança ao policial e mais controle da situação, especialmente em abordagens de alto risco.
O impacto da corrente elétrica é calculado para provocar incapacitação neuromuscular momentânea, sem causar ferimentos permanentes.
Uso proporcional da força
Todos os agentes da PRF em Santa Catarina passaram por treinamentos específicos antes do início do uso do novo armamento.
As capacitações incluíram fundamentos legais, instruções teóricas, simulações práticas e abordagens de alta complexidade, com o objetivo de garantir o uso responsável do equipamento, dentro dos princípios de legalidade, proporcionalidade e eficiência.
Referência para outras forças
A PRF utiliza armas de condução elétrica desde 2007 e, com a aquisição do Taser 10, reafirma sua posição de vanguarda em tecnologias de controle não letal.
A iniciativa já serve de modelo para outras instituições de segurança pública, como a Polícia Federal e a Polícia Civil do Paraná, que iniciaram processos de compra semelhantes.