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Lance Notícias | 10/03/2023 09:51

10/03/2023 09:51

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Terapeuta ocupacional de Xanxerê explica sobre o autismo

Dra Amanda da Silveira Ribeiro é Terapeuta Ocupacional formada pela Universidade Federal de Pelotas, Pós- graduada em ABA (Applied Behavior Analysis), Pós- graduada em Reabilitação física, Integração Sensorial de Ayres da teoria a prática. Em conversa com a reportagem do Lance Notícias ela falou sobre o assunto. —Durante a graduação me encantei pela área infantil. […]

Terapeuta ocupacional de Xanxerê explica sobre o autismo

Dra Amanda da Silveira Ribeiro é Terapeuta Ocupacional formada pela Universidade Federal de Pelotas, Pós- graduada em ABA (Applied Behavior Analysis), Pós- graduada em Reabilitação física, Integração Sensorial de Ayres da teoria a prática.

Em conversa com a reportagem do Lance Notícias ela falou sobre o assunto.

—Durante a graduação me encantei pela área infantil. Despertando maior interesse após a descoberta do diagnóstico de autismo em um dos meus irmãos. Iniciei carreira profissional trabalhando na área da saúde mental e neurodesenvolvimento infantil. Atualmente atuo no município de Xanxerê no serviço público e particular com pacientes neurológicos. Tenho diversos cursos nas áreas de desenvolvimento infantil, estimulação precoce e intervenção no autismo – conta.

O autismo infantil compromete diferentes áreas do desenvolvimento, destacando-se alterações na comunicação, na interação social e a presença de comportamentos repetitivos e interesses restritos.

As primeiras manifestações são, geralmente, notadas pela família por volta do segundo ou terceiro ano de vida e são confirmadas pelo profissional que traçará uma terapêutica adequada. Há diferentes formas de manifestações e para que seja detectado precocemente, a família deve estar atenta a características que podem aparecer já no recém-nascido como a falta do sorriso social e de contato visual, é importante procurar um profissional que confirme o diagnóstico.

O tratamento baseia-se em uma equipe multidisciplinar, com terapia ocupacional, comportamental, fonoaudiológica e medicamentosa além de psicólogos. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, melhores serão os resultados, principalmente pela maior plasticidade do sistema nervoso em idades precoces, o desenvolvimento e tratamento variam de acordo com as peculiaridades de cada indivíduo.

A terapia ocupacional trabalha com a ocupação do ser humano e uma das principais ocupações da criança é o “brincar”, muito utilizado no processo de aprendizagem terapêutica. Durante a aprendizagem a criança estimula a atenção e concentração, aspectos fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e o motor.

 

O aprendizado depende de outros fatores como estímulos, interesse da funcionalidade das estruturas que irão receber esses estímulos e, principalmente, da atenção que a criança possui. A Terapia Ocupacional contribui também no processo de reorganização da rotina. O objetivo geral do terapeuta ocupacional no tratamento do TEA é contribuir para a melhoria da qualidade de vida, seja no ambiente escolar ou no ambiente familiar, auxiliando no diagnóstico e construindo intervenções voltadas para as especificidades do sujeito.

O Autismo não tem cura. Conforme a criança vai se desenvolvendo ela pode sim acabar perdendo muitas características do autismo. Mas o cérebro dela sempre funcionará de forma atípica e isso na verdade não é cura no ponto de vista do funcionamento. O autismo não é uma doença. É uma maneira diferente de se pensar. Por isso é importante entender o esforço em conquistar coisas que pra outras pessoas são simples.

As terapias ajudam a desenvolver habilidades e capacitá-lo para ter uma melhor qualidade de vida.

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