Cidade do Oeste catarinense caracteriza-se pelo ‘forte potencial de consumo’

Segundo mais ‘ágil’ de Santa Catarina e oitavo do país na abertura de empresas, o município de Xanxerê possui uma economia com forte potencial de consumo, com destaque para os setores de bares e restaurantes; comércio atacadista de alimentos e bebidas; padarias; açougues e fruteiras.

Uma hora e 32 minutos. Esse é o tempo que a cidade do Oeste Catarinense leva para viabilizar a formalização de uma nova empresa, o que, de acordo com dados do boletim do Ministério da Economia, ‘demonstra agilidade e simplificação nos processos de abertura de empresas’.

Segundo estudos desenvolvidos pela empresa de pesquisas Caravela, de Xanxerê, desde o início deste ano, até o mês de novembro, 386 novas empresas foram registradas na cidade, das quais 134 pertencem ao ramo da Internet. Este montante supera, inclusive, de 2022, que não passou de 308 empresas.

Do total de 4,4 mil empresas em atividade no Oeste do estado, somadas, as cidades de Chapecó, Xanxerê, Concórdia, São Miguel do Oeste e Joaçaba respondem por um montante de 2,6 mil empresas (59,8% do total).

Na avaliação da fiscal de obras e posturas e responsável pelo Sistema de Gestão do Cadastro Integrado (GCIM), Neide Silva, os resultados da pesquisa federal atestam ‘o crescimento expressivo da cidade, que se reflete na criação de empregos, renda e investimentos locais’.

Auxílio estratégico para a celeridade – Ao comentar a celeridade da abertura de empresas, por parte do município, Neide ressalta que “buscamos fazer o nosso trabalho da melhor forma possível, dando todo auxílio para que o empreendedor consiga agilizar seu processo de alvará junto à prefeitura”, acrescentando que, “para nós é muito gratificante esse reconhecimento do Ministério da Economia. Fico muito feliz por ver a cidade que tanto amo estar em destaque. Fruto de um trabalho feito a muitas mãos e que fazem com que possamos desburocratizar cada vez mais os processos em nosso município”.

Ainda de acordo com a Caravela, os setores que mais se destacam no quesito ‘abertura de empresas’ são, em ordem decrescente: teleatendimento (39); serviços de arquitetura e engenharia (31) e lojas de informática (30).

Em contrapartida, o ritmo de expansão do mercado de trabalho dá sinais de relativo ‘esgotamento’, haja vista que o saldo entre admissões e dispensas, caiu de 823, no ano passado, para 504, neste, com perspectiva de despencar para 81, em 2024. Tais indicadores, embora apontem um processo de desaquecimento econômico notável, não pode ser qualificado como tendência recessiva, pelo menos, por enquanto.

Quanto à composição do PIB xanxerense (R$ 2,2 bilhões), os serviços respondem por parcela majoritária da riqueza local (61,4%), bem adiante da indústria (19,3%) e da agropecuária (7%). Neste aspecto, também são relevantes, atividades como em que se destacam o comércio varejista (supermercados e lojas de variedades) e indústria (produtos alimentícios e de material plástico).

Além disso, o PIB per capita de Xanxerê (R$ 42,3 mil) é inferior à média do estado (R$ 48,2 mil) e da grande região de Chapecó (R$ 47,7 mil), embora aquele supere a média dos municípios da pequena região de Xanxerê (R$ 40,1 mil).

No que toca ao desempenho financeiro, enquanto a ‘popular’ poupança, no período acumulado de janeiro a abril, apresentou queda de 10,1%, as operações de crédito avançaram 19,6% e os financiamentos imobiliários cresceram 11,8%.