A cidade de Xanxerê abriga uma das lendas urbanas mais persistentes do folclore regional. A narrativa gira em torno do antigo Colégio Santa Maria Goretti, onde, segundo relatos que atravessaram gerações, freiras enclausuradas vagavam pelos corredores durante a madrugada, envoltas em véus e silêncio.

O prédio, hoje ocupado pela Escola de Educação Básica Presidente Artur da Costa e Silva, foi no passado uma instituição religiosa, dedicada à formação e à vida conventual. É nesse contexto que teria se originado a lenda das ‘’Freiras do Colégio Costa e Silva”.
De acordo com relatos, ouvidos há décadas entre moradores da cidade, as freiras apareciam por volta da meia-noite, percorrendo os corredores escuros do colégio com passos suaves e misteriosos. Seus rostos eram encobertos, e sua presença, associada a uma missão sagrada: proteger conhecimentos antigos e segredos do local. Rumores sobre passagens ocultas entre as paredes do colégio também fazem parte do imaginário coletivo.

A lenda ganhou força ao longo do tempo e passou a ser recontada em diferentes versões. Uma das mais conhecidas envolve a figura de uma jovem chamada Eduarda, que, movida pela curiosidade, teria explorado o colégio numa noite solitária. Segundo a narrativa, ela encontrou uma sala oculta, onde figuras encapuzadas realizavam um ritual silencioso em torno de um livro antigo. Em meio à penumbra, uma delas lhe revelou que o saber ali guardado precisava ser passado adiante — e que Eduarda havia sido escolhida para continuar a missão.

Embora a veracidade dos fatos jamais tenha sido comprovada, o caso é frequentemente lembrado por professores, ex-alunos e moradores mais antigos, como parte integrante da memória local. A história, preservada por meio da tradição oral, reforça o entrelaçamento entre o real e o lendário na construção da identidade cultural de Xanxerê.
Conforme documento publicado pela Prefeitura: “Vultos da Memória”, Prefeitura de Xanxerê, 2023-
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