Bombeiros

Lance Notícias | 05/03/2020 10:16

05/03/2020 10:16

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Segue o impasse sobre o reajuste salarial entre militares e o Governo do Estado de SC

No início deste ano, alguns outdoors foram vistos em todo o Estado, incluindo Xanxerê, com reivindicações sobre o reajuste salarial de policiais e bombeiros militares. Na oportunidade, o sargento Facenda, vice-presidente da Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc), comentou a situação, explicando a falta de reajuste da categoria. – Nós estamos desde […]

Segue o impasse sobre o reajuste salarial entre militares e o Governo do Estado de SC

No início deste ano, alguns outdoors foram vistos em todo o Estado, incluindo Xanxerê, com reivindicações sobre o reajuste salarial de policiais e bombeiros militares. Na oportunidade, o sargento Facenda, vice-presidente da Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc), comentou a situação, explicando a falta de reajuste da categoria.

– Nós estamos desde 2014, portanto há seis anos com 40% de defasagem inflacionária, mas até o momento não nos apresentaram nenhuma proposta – disse ele.

Na ocasião, estava programada uma manifestação da categoria, em Florianópolis, onde haveria a presença de mais de dois mil militares, reivindicando a solução desta situação, perante o Governo do Estado.

Desta vez, em contato com o Facenda, ele contou ao Lance Notícias que a situação segue em impasse.

– No último dia 27 de fevereiro houve uma assembleia em Florianópolis, onde mais de 1.500 militares de fizeram presentes, para avaliar uma proposta do Governo, a qual reconhecia a defasagem de mais de 40%, mas apresentou um reajuste de apenas 17% – comenta.

Segundo o sargento, essas informações vêm do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

– Os números que nós temos são oficiais – destaca.

Além da proposta do Governo ser de um reajuste menor, de apenas 17%, a proposta também previa alguns cortes.

– A nossa categoria não recebe alguns benefícios que o trabalhador normal recebe, como: insalubridade, periculosidade, horas extras, adicional noturno, então, quando entramos para a reserva, esses valores são revertidos em uma compensação, um percentual a mais. No pacote proposto pelo Governo há o corte dessa compensação. Será cortado de quem já está na reserva, o que seria ilegal, uma vez que está previsto em Lei, e para quem irá para a reserva, também será cortado – explica o sargento.

A categoria, por unanimidade, rejeitou a proposta. Agora, ela segue para a Assembleia Legislativa, onde será votada, aprovando ou não o pacote, que também contempla o pagamento em cinco parcelas, estendendo-se o pagamento até novembro de 2022.

– Nossa categoria está há seis anos sem reposição inflacionária, o Governo assinalou apenas 17% de reajuste, com corte de benefícios e pagamento parcelado. Então, nós estamos em uma situação bem complicada – comenta.

O pacote da proposta será, portanto, encaminhado para a Assembleia Legislativa, onde será votado e se aprovado entrará em vigor, mesmo sem o aceite da categoria, que a rejeitou.

– Estamos preocupados com essa situação, com essa atitude do Governo, em encerrar as negociações. Continuaremos trabalhando e nos dedicando a sociedade, mas com a negativa do Governo em aceitar a nossa proposta, não saberemos o que pode acontecer. Nós estamos com muita dificuldade financeira, pois nosso poder aquisitivo diminuiu, e precisamos lembrar que por nossa profissão, nós sofremos ameaças constantes, alguns tem seus nomes em listas de facções. Além de que precisamos lembrar o fato do grande aumento no índice de suicídios da categoria nos últimos anos, tudo em virtude de falta de condições para proteção da própria vida e família. Estamos realmente apreensivos quanto ao que acontecerá – finaliza.

 

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