Tudo começou com o seu Francisco Veloso, conhecido por Cara Suja, que é caminhoneiro há mais de 25 anos, praticamente uma vida rodando pelas estradas do país. Por questão de segurança, ele, a filha, o genro e o irmão viajam sempre juntos.

A filha do seu Francisco, Raquel também está na estrada há cerca de seis anos. A influência da família fez com que ela seguisse pelo mesmo caminho. Quando ela decidiu de vez se tornar caminhoneira também estava enfrentando a depressão. Foi no volante que conseguiu dar a volta por cima.

Quem vê a imponência das carretas nem imagina os perrengues que os motoristas precisam enfrentar na estrada, como tomar banho na bica, almoçar no caminhão.

Apesar de ser um ambiente predominado por homens, Raquel comenta que não enfrenta dificuldades por ser mulher. O seu desafio é outro: o tamanho! Isso, inclusive, garante a ela o seu apelido: Nanika.

O marido de Raquel, Alexsandro é caminhoneiro há 13 anos e foi quem a ensinou a dirigir. O filho do casal, de dez anos, já pega estrada com eles e deve seguir os passos dos pais.

Raquel já chegou a sofrer um acidente na estrada, mas não se feriu. Mesmo assim, jamais pensou em desistir da profissão. Seu Francisco garante que com respeito e cuidado, a profissão não é perigosa.

Quando a reportagem foi gravada, a família estava em casa. Mas, no dia seguinte já estavam de partida novamente. Essa é a rotina de milhares de caminhoneiros desse país. Nesse dia 25 de julho, em que se comemora o Dia do Colono e Motorista, o Lance Notícias aproveita para homenagear essa classe que contorna a saudade da família, desvia dos buracos da vida e transporta o sustento desse país.