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Lance Notícias | 04/06/2021 14:13

04/06/2021 14:13

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Atleta que correu em Xanxerê deve participar de competição no Litoral Sul  

Após morar em Porto de Galinhas – PE, a chapecoense Mari Baldissera, 38 anos, descobriu sua verdadeira paixão pela corrida. Mari dividia o seu apartamento com Mabel, uma colega de trabalho paulista que praticava corrida todos os dias. Em Pernambuco, às 5 horas o sol já nascia e consequentemente, elas também acabavam acordando mais cedo. […]

Atleta que correu em Xanxerê deve participar de competição no Litoral Sul  

Após morar em Porto de Galinhas – PE, a chapecoense Mari Baldissera, 38 anos, descobriu sua verdadeira paixão pela corrida. Mari dividia o seu apartamento com Mabel, uma colega de trabalho paulista que praticava corrida todos os dias. Em Pernambuco, às 5 horas o sol já nascia e consequentemente, elas também acabavam acordando mais cedo. Após receber muito incentivo da colega, Mari decidiu aceitar o convite de Mabel para correr.

– Apesar de sempre ter praticado atividades físicas, eu nunca havia corrido e achava uma atividade “sem propósito”. Até que um dia resolvi aceitar o convite e então fomos correr na praia, mas eu quase morri. Sem resistência nenhuma, toda descoordenada e sem ritmo. Foi uma verdadeira catástrofe. Até cheguei a falar para a Bel “Nunca mais me chame para esse negócio”. No dia seguinte, estávamos lá novamente. Em poucos dias, eu já pude perceber meu cardio melhorando, os músculos tonificados e a gordurinha sumindo. A corrida proporciona coisas incríveis ao corpo e à mente. De lá pra cá, nunca mais parei. A corrida é como uma terapia pra mim, é o que me mantém fisicamente e emocionalmente equilibrada. Tem uma frase do escritor japonês Haruki Murakami que traduz bem: “Correr todo dia é uma espécie de corda de segurança para mim, então não vou largar isso só porque estou muito ocupado. Se costumasse usar o fato de estar ocupado como desculpa para não correr, nunca mais correria. Tenho apenas alguns motivos para continuar a correr, e um caminhão deles para desistir. Tudo que tenho a fazer é manter esses poucos motivos muito bem-cuidados”. Essa frase é do livro “Do que eu falo quando eu falo de corrida” que, aliás, eu recomendo muito – comenta.

Mari já correu diversas vezes no munícipio de Xanxerê, cidade onde conheceu muitos amigos corredores e ciclistas. A primeira prova em que a atleta correu na cidade foi o Circuito Sesc de Caminhadas e Corridas, em 2015. O evento teve largada e chegada em frente ao Sesc e ela conquistou o 2º lugar feminino, com aproximadamente 5km percorridos.

– Essa prova foi especial e me marcou muito. Eu havia recém começado a treinar corrida. Fazia um dia frio e chuvoso. A minha classificação foi uma grande surpresa, eu não esperava. Sabe aquele dia em que tudo se encaixa? Esse dia foi assim. Tanto que demorei um bom tempo pra bater o recorde pessoal que estabeleci nessa prova – relata.

A atleta já faz planos para o futuro e espera ansiosamente para participar de uma prova de trail em revezamento que deve ocorrer no Litoral Sul de Santa Catarina, em setembro.

– A pandemia bagunçou a vida de todo mundo, bagunçou também a dos corredores. A última prova de corrida que participei foi em fevereiro de 2020. Depois disso, praticamente não houveram mais eventos, quase tudo foi cancelado ou adiado. Eu não sou profissional e nem tenho pretensão de correr na ponta, costumo me descrever como uma “amadora dedicada”. Mas não posso deixar de dizer que as provas têm um papel fundamental na minha motivação para treinar. Cada prova é um objetivo pessoal a ser alcançado, e o fato é que a vida fica mais simples com objetivos. Então por mais apaixonada por corrida que eu seja e por mais que possamos estabelecer objetivos pessoais sem depender de provas, os eventos de corrida ainda são pra mim parte importante do processo de treinar, de me dedicar à atividade. Durante a pandemia eu, como quase todo mundo, encarei altos e baixos. Houve meses em que praticamente não treinei, outros em que me dediquei com afinco. Também penso em fazer uma ultramaratona de 100km para celebrar os meus 40 anos. Tenho 2 anos pra me preparar, então acho que até lá darei conta – finaliza.

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